A partir desta segunda-feira, 8 de novembro, serão retomadas as aulas presenciais no Rio Grande do Sul. O decreto estadual determina que o retorno é obrigatório, com exceção daquelas escolas que não possuem condições de oferecer o distanciamento de um metro entre as classes, mantendo assim o ensino híbrido.
Com a retomada, aqueles alunos que, até então, optavam por continuar realizando todas as atividades escolares em casa, agora precisarão, obrigatoriamente, frequentar parcial ou integralmente as aulas no formato presencial – caso contrário, receberão falta. A principal preocupação é com os adolescentes, que, segundo estimativa da secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, registraram adesão de 40% às atividades presenciais.
A exceção serão alunos que, por razões médicas comprovadas mediante apresentação de atestado, não possam retornar às atividades presenciais. Uma nota técnica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, estabeleceu uma orientação geral para os profissionais da saúde em relação à emissão desse atestado.
Veja perguntas e respostas sobre a volta presencial:
Quem precisa retornar às atividades presenciais?
Todos os alunos da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) das redes públicas e privada de ensino do RS.
Quando o retorno será obrigatório?
A partir desta segunda-feira, 8 de novembro.
Em quais casos será possível manter o ensino híbrido?
Em instituições de ensino que não contam com espaço físico suficiente para atender 100% dos alunos ao mesmo tempo sem desrespeitar o distanciamento mínimo obrigatório de um metro entre as classes. Turmas muito grandes seguirão sendo divididas e haverá um escalonamento, no qual o estudante terá aulas presenciais em alguns dias e, em outros, será oferecido o formato remoto.
O que acontece com alunos que tenham alguma comorbidade?
Alunos que, por razões médicas comprovadas mediante apresentação de atestado, não possam retornar às atividades presenciais, poderão continuar tendo aulas remotas. Uma nota técnica da SES pede que os médicos considerem que o ensino remoto deve passar a ser a "exceção, e não a regra", sugere que seja pesado o "risco individual" de cada aluno, mas não lista doenças específicas.
Como será garantido um ambiente seguro nas escolas?
As atividades presenciais precisam respeitar uma série de condições e medidas previstas pelo governo do Estado. As instituições de ensino elaboraram, desde o início dos debates sobre o retorno presencial, planos de contingência para a prevenção da contaminação por covid-19 e criaram Centros de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (COE-E), que precisam ser notificados sobre qualquer suspeita de infecção pela doença. A Seduc informa que todas as escolas da rede estadual possuem COEs constituídos.
Se o aluno apresentar sintomas gripais, ele pode ir à escola, desde que com máscara?
Não. Em caso de qualquer sintoma gripal, o estudante deve se manter em casa. A máscara será de uso obrigatório para toda e qualquer pessoa que circule pela instituição de ensino.
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