Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) nesta segunda-feira (1º) mostram que a pandemia de Covid-19 impactou nas cirurgias para retirada da próstata por câncer. Segundo a SBU, houve uma redução de 21,5% na comparação entre 2019 e 2020.
Além do tratamento, o diagnóstico da doença também sofreu com a pandemia – houve queda de 27% de exames de PSA e de 21% de biópsias de próstata. O número de consultas urológicas no Sistema Único de Saúde (SUS) também caiu 33,5%.
As consultas ainda seguem baixas em 2021. Até julho, foram 1,8 milhão de consultas, contra 4,2 milhões (2019) e 2,8 milhões (2020).
Para o presidente da SBU, Antônio Carlos Pompeo, a queda nos números é preocupante. “É muito importante que os homens tenham acesso à informação, às consultas de rotina e também que recebam seu diagnóstico. Essa fuga do médico vai causar um efeito de mais diagnósticos tardios em longo prazo", alerta.
Câncer de próstata
Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o tumor mais frequente no homem. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos para 2021, porém muitos podem nem ter sido diagnosticados.
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), também obtidos pela SBU, mostram que a mortalidade por câncer de próstata aumentou cerca de 10% em cinco anos, subindo de 14.542 (2015) para 16.033 (2019).
O diagnóstico precoce é fundamental. Segundo a SBU, se identificado na fase inicial, o câncer de próstata pode ser curado em 90% dos casos.
Veja os principais fatores de risco para desenvolvimento da doença:
Histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio
Homens da raça negra
Obesidade
Homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada tendo como objetivo o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Os homens que integrarem o grupo de risco devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos.
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