Uma operação conjunta da Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) culminou na morte de 26 integrantes de uma quadrilha organizada do novo cangaço no estado de Minas Gerais. Metralhadoras capazes de derrubar aeronaves, fuzis, munições de múltiplos calibres, granadas e explosivos estão entre os armamentos apreendidos. Nenhum policial ou civil ficaram feridos.
Segundo o serviço de inteligência da corporação militar, suspeitos promoveriam um roubo a banco entre domingo (31) e segunda-feira (1º de novembro). A ação policial foi dividida em duas etapas: na primeira abordagem, como esclareceu a PRF, suspeitos atacaram policiais e morreram em confronto em um sítio de Varginha; foram 18 óbitos, e agentes recuperaram dez fuzis, revólveres, munições,, granadas, coletes e dez carros roubados.
Em uma segunda chácara, os demais integrantes da quadrilha foram encontrados e houve troca de tiros, segundo a polícia – na ocorrência, morreram mais sete suspeitos e militares recolheram três armas de fogo ponto 50, que são capazes de derrubar até aeronaves.
O que é a organização criminosa novo cangaço?
Usada para designar quadrilhas especializadas em grandes assaltos a bancos, a expressão “novo cangaço” foi cunhada há cerca de três décadas no Brasil. Bandos são responsáveis por crimes de grande repercussão, como o assalto à unidade do Banco do Brasil em Araçatuba, em São Paulo, onde os suspeitos pretendiam R$ 90 milhões e impactaram o país com imagens de populares usados como escudos-humanos.
Em Minas Gerais, bem como em outras regiões do país, os suspeitos não chegam às cidades sem estar munidos com forte armamento – como metralhadoras de alto calibre capazes de derrubar aeronaves, fuzis e pistolas; alguns utilizam também carros blindados, e coletes balísticos são itens indispensáveis para esses criminosos. As ações do novo cangaço são marcadas por extrema violência.