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Polícia Civil prende casal acusado de aplicar golpes do conto do bilhete há 24 anos

Homem de 72 anos e mulher de 60 eram líderes de uma organização criminosa que atuava no Vale do Sinos e na Serra Gaúcha.

21/10/2021 às 12h03
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Polícia Civil prende casal acusado de aplicar golpes do conto do bilhete há 24 anos

A Polícia Civil de Farroupilha desarticulou na manhã desta quinta-feira, 21, uma organização criminosa especializada em realizar golpes do conto do bilhete. Um casal de 72 e 60 anos foi preso acusado de ser o líder da organização. Mais duas pessoas foram presas no Vale do Sinos.

As prisões aconteceram na cidade de São Leopoldo, a partir de uma investigação feita pela Delegacia de Polícia de Farroupilha. A investigação durou seis meses e começou após alguns golpes serem aplicados em Farroupilha. Os policiais mapearam a organização criminosa e chegaram até este casal, morador do Vale dos Sinos. Eles são apontados como mentores e articuladores do crime que faz vítimas há pelo menos 24 anos em diversas cidades.

A investigação mapeou ainda mais dois envolvidos na prática do estelionato. O homem e a mulher foram presos preventivamente na manhã desta quinta-feira (21) e encaminhados para um presídio do Vale dos Sinos. Os nomes deles não foram divulgados. O golpe em Farroupilha, que originou esta investigação, aconteceu em abril e teve como vítima um idoso. Para evitar que novas vítimas sejam enganadas, a Polícia Civil divulgou um formato padrão deste conto do bilhete premiado, que serve de base para outras variações conforme a época e os criminosos envolvidos:

Como era aplicado o golpe

Em síntese, o modus operandis desse tipo de golpe e consequentemente da organização criminosa iniciava com um integrante do grupo abordando uma vítima pedindo informações, por exemplo, de um endereço de algum estabelecimento que ele estaria a procura. Na sequência um comparsa chegava mostrando um bilhete premiado, ou até chegava um terceiro demonstrando interesse no prêmio. Neste momento os indivíduos começavam a ludibriar a vítima com falsa promessa do ganho de dinheiro fácil. Um dos criminosos fazia uma ligação para outro ‘colega’ que se passava por agente lotérico confirmando a idoneidade do bilhete premiado ‘falso’. Mediante ao emprego de ardilosa tática de convencimento, normalmente colocam a vítima dentro de um carro dos criminosos e se deslocam até um banco ou a casa da vítima para que este repasse algum valor em troca do bilhete premiado.

Ainda segundo a polícia, evidentemente este é um dos modos de agir, pois existem outras táticas, mas a essência é esta.

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