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Bolsonaro garante que irá prestar depoimento presencial à Polícia Federal

Presidente será ouvido no inquérito que trata de sua suposta interferência política na PF, após denúncias do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro

06/10/2021 às 15h50 Atualizada em 06/10/2021 às 17h01
Por: Marcelo Dargelio Fonte: EBC
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(Reprodução)
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O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu hoje (6) o julgamento do recurso no qual a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, no ano passado, que seja concedido ao presidente Jair Bolsonaro o direito de prestar depoimento por escrito no inquérito sobre suposta interferência política na Polícia Federal (PF).

O caso seria julgado nesta tarde, mas, minutos antes do início da sessão, a AGU informou ao Supremo que o presidente pretende depor presencialmente.

“O requerente manifesta perante essa Suprema Corte o seu interesse em prestar depoimento em relação aos fatos objeto deste inquérito mediante comparecimento pessoal. Nesta oportunidade, requer-lhe seja facultada a possibilidade de ser inquirido em local, dia e hora previamente ajustados”, informou o órgão.

Diante da informação, o ministro Alexandre de Moraes, relator do pedido, solicitou a retirada da questão de pauta para analisar se o caso ainda pode ser julgado.

A abertura do inquérito sobre a suposta interferência na PF foi autorizada em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O objetivo é apurar declarações do ex-juiz Sergio Moro, que ao se demitir do cargo de ministro da Justiça, naquele mês, acusou o presidente de tentar interferir na PF por meio da troca do diretor-geral da instituição. 

Desde que o ex-juiz fez as acusações, o presidente Jair Bolsonaro tem afirmado que não interferiu na PF e que são “levianas todas as afirmações em sentido contrário”.

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