É imprescindível que os cuidados com a saúde sejam observados nos 12 meses do ano – mas é no Outubro Rosa que a sensibilização acerca do Câncer de Mama ganha evidência em âmbito mundial. A doença é grave e assusta – mas é largamente curável, especialmente quando há o diagnóstico precoce. Por isso os esforços da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves concentram-se em elucidar questionamentos e levar informações à população.
“Nosso trabalho começa com a sensibilização das pessoas sobre o primeiro passo na luta contra o câncer, que é cuidar da saúde de forma permanente e precoce: manter a rotina de exames em dia, procurar sempre acompanhamento médico e adotar estilos de vida saudável. São esforços que, somados, fazem a diferença e salvam vidas”, explica a presidente da entidade, Maria Luca Gava Severa. Com esse objetivo, a instituição faz um grande movimento educativo ao longo do mês, transmitindo informações e sensibilizando a comunidade para a causa.
Nos casos em que a doença é diagnosticada, inicia o trabalho assistencial da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves, que presta diversos serviços aos pacientes e familiares – desde encaminhamento médico, com auxílio no acesso a medicamentos, até a recolocação no mercado de trabalho, quando a luta contra o câncer é vencida. “Graças a soma de esforços de voluntários e à colaboração de toda sociedade, hoje temos uma estrutura diferenciada para auxiliar as pessoas, e é fundamental que a comunidade conheça e disponha desses serviços na luta contra o câncer”, diz.
Para saber mais sobre o trabalho da Liga de Combate ao Câncer é possível o site www.ligaccbg.com.br ou visitar a sede unificada da entidade, na Rua Ramiro Barcelos, número 580, no centro da cidade, ao lado do Hospital Tacchini. O telefone é (54) 3451-4233.
Entrevista com mastologista circulará de forma virtual para as empresas
Uma entrevista em vídeo com mastologista Cidia Mazzoccato circula pelas redes sociais da Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves e também está sendo compartilhada com empresas e entidades setoriais da cidade para pulverizar importantes orientações acerca da doença. O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais, formando um tumor com potencial de atingir outros órgãos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 66 mil novos casos no Brasil em 2021 e considera este o tipo da doença com a maior mortalidade entre as mulheres do País.
Apesar dos dados preocupantes, Cidia esclarece que, na atualidade, o tratamento está mais acessível e grande parte das mulheres com câncer de mama vence a doença e tem vida normal após a batalha – quando a descoberta ocorre cedo, as chances de cura chegam a 95% dos casos. É necessário, porém, que os cuidados comecem cedo, antes mesmo de um primeiro sinal. “É fundamental ter todos os cuidados e ir ao médico anualmente”, afirma, destacando a importância do autoexame. “Para fazer se coloca uma mão atrás da cabeça, e a outra apalpando a mama sempre na direção do tórax e nunca fazendo pressão dedo contra dedo. Ao sinal de qualquer alteração, procurar imediatamente um médico”, orienta, frisando que apesar de menos comum – 1 a cada 100 casos – é importante que os homens também mantenham os cuidados para que o diagnóstico não seja feito de forma tardia.
O ideal é realizar o autoexame mensalmente, a partir dos 18 anos, sempre após o período menstrual – no caso de mulheres que não menstruam, a indicação é separar sempre o mesmo período do mês. Os nódulos são os principais sinais de que um tumor pode estar se formando, mas existem outras alterações que é preciso se manter alerta. Secreções que saem espontaneamente do mamilo e mancham o sutiã e sangue estão entre eles. Apesar de menos comumente relacionadas ao câncer de mama, dores também precisam ser investigadas por um médico. Além do autoexame, a médica indica outros cuidados a serem observados. Hábitos que, se feitos com frequência, auxiliam na diminuição de chances de desenvolver tumores. Estão entre eles atividades físicas por 40 minutos, de 3 a 4 vezes por semana, dieta saudável e diminuição do consumo de álcool. Cidia afirma também que existem estudos comprovando que a amamentação pode ser aliada nessa prevenção – mas todos esses cuidados devem ser acompanhados de consultas médicas periódicas.
A mastologista alerta ainda para a necessidade de se atentar ao rastreamento individual. Estudos apontam que a predisposição hereditária é um dos principais fatores de risco para o câncer de mama. “Isso pode ser analisado pela consulta médica. Converse com seus médicos, fale sobre o histórico familiar, sobre gravidez e menstruação cedo. Tem mulheres que podem se preocupar aos 40 e outras que precisam ter um acompanhamento mais antecipado. O médico é quem sabe diagnosticar isso. Tumores pequenos exigem tratamentos bem menos invasivos”, frisa.
O diagnóstico de câncer de mama é feito através de exames de imagem. Quando a mulher tem acima de 35 ou 40 anos, ou se o nódulo for palpável, é realizada uma mamografia. O exame é indolor, tem baixa radiação e inclusive tem a recomendação para ser feito anualmente após os 40 anos. Além dele, muitas vezes é feito um ultrassom ou uma ecografia. A depender do resultado, o especialista pedirá uma biópsia. A partir daí, ocorre a definição por cirurgia ou acompanhamento do quadro. “Estejam atentas. Existem as oportunidades para prevenção e diagnóstico precoce. Isso é amar a si própria e também a todos que nos rodeiam. Assim cuidamos da gente e também de quem nos ama”, finaliza a médica.
Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves promove conferência com médicos
Outra ação de sensibilização que a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves realiza é um encontro de atualizações sobre diagnósticos, tratamentos e importância de estilos de vidas saudáveis. A atividade ocorre dia 5 de outubro, a partir das 18h30min, no auditório da Cooperativa Vinícola Aurora (Olavo Bilac, 500). Na ocasião, haverá conferência com os médicos Ricardo Antônio Boff (mastologista), Guilherme Portella Coelho (patologista) e Lourenço Sehbe de Carli (radiologista).
Em função das restrições necessárias pelos protocolos de controle da pandemia de Covid-19, o encontro tem vagas limitadas. A presença pode ser confirmada até o dia 30 de setembro pelo telefone (54) 991823167.
A entrevista com a dra. Cidia Mazzoccato está disponível em: https://fb.watch/8rlGP2IN3U/
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