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Bento-gonçalvense disputa o Mundial Júnior de Fossa Olímpica, no Peru

Igor De Dea Mera participa pela primeira vez da competição e vai ser um dos representantes do Brasil nas provas, que ocorrem nos dias 3 a 5 de outubro.

01/10/2021 às 23h20 Atualizada em 01/10/2021 às 23h24
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Foto: Kévin Sganzerla
Foto: Kévin Sganzerla

O sonho de competir em uma competição de nível internacional está prestes a ser realizado para o jovem bento-gonçalvense de fossa olímpica (tiro ao prato), Igor De Dea Mera, de 18 anos. Ele já está em solo peruano para disputar o seu primeiro Mundial Júnior da modalidade, que ocorre entre os dias 3 e 5 de outubro, em Lima, no Peru. O promissor atleta é o único gaúcho na competição e será um dos representantes do Brasil no principal torneio da categoria. 

Igor obteve a vaga ao Mundial após finalizar as duas seletivas na liderança na classificação geral. Na primeira etapa, em Belo Horizonte, o atleta teve 113 acertos de um total de 125 pratos. Na segunda e derradeira seletiva, o bento-gonçalvense atingiu o índice mundial, acertando 118 dos 125 pratos, igualando na prova o desempenho de seu treinador, o medalhista Panamericano Roberto Schmits, que representou o Brasil nas Olimpíadas Rio 2016. 

Após mais de um mês de treinamentos intensivos ao lado do experiente técnico, o jovem atleta, que conta com o apoio de seu pai, Ari Mera, que estará ao seu lado em sua participação no Mundial, almeja trazer o título para o Brasil. No domingo, dia 3, ocorre o treino oficial para, posteriormente, nos dois dias seguintes, serem realizados as provas com as baterias de pratos. 

Veja também: Tiro esportivo: a inserção de jovens atletas na fossa olímpica

Foto: Kévin Sganzerla

O que é a fossa olímpica:

O esporte consiste em disparar, por meio de uma espingarda, sobre um número específico de pratos em forma de discos de 11 cm de diâmetro, feitos com base em betume e calcário. A pedana de fossa olímpica se divide em cinco posições. Em cada uma delas se encontram três máquinas lançadoras de pratos a 15m de distância enterradas em uma fossa.

As máquinas lançam os pratos variando em ângulo, de 45º para esquerda até 45º para direita, e em altura, consequentemente também variando em velocidade, apesar de o prato ser lançado inicialmente a 100 km/h. O atirador pode dar dois disparos por prato, sendo indiferente se quebrar no primeiro ou no segundo disparo. Normalmente, o primeiro disparo ocorre em 7 décimos de segundo e, o segundo, entre 9 e 10 décimos, o que exige um alto nível de reflexo.

Em Olimpíadas ou em campeonatos nacionais, em cada prova são lançados 125 pratos, em séries de 25 pratos. A pontuação final é a soma do número de pratos quebrados da final com os pontos da fase classificatória. O prato é classificado como bom quando se quebra um pedaço visível para o juiz. Caso o prato não se quebre é considerado prato perdido ou “zero”.

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