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Alunos do Colégio Bom Retiro ficarão sem ônibus ao meio-dia

Educandário, que fica no bairro Santa Rita, tentou buscar solução junto à empresa que faz as linhas do transporte coletivo, mas a companhia se negou a ajustar os horários

24/09/2021 às 17h06
Por: Marcelo Dargelio
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(Reprodução)
(Reprodução)

A partir da próxima segunda-feira, dia 27, vários alunos do Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro, no bairro Santa Rita, deverão ficar sem ônibus no horário de saída do educandário, ao meio-dia.

Isso porque a escola não tem conseguido, junto à empresa Santo Antônio, que faz as rotas do transporte coletivo naquela região da cidade, ajustar as únicas duas linhas disponibilizadas para os estudantes, uma para o Centro (11h45) e outra para o Santa Helena (12h05).

Na semana que vem, por determinação do Estado, o Bom Retiro terá que ampliar o turno da manhã até as 12h. Em breve, inclusive, deverá ser retomado o horário tradicional de aula, que é até as 12h20. "Estamos fazendo essa adaptação aos poucos, para não prejudicar os alunos com uma alteração muito rápida. Mas agora temos uma orientação da secretaria para mudarmos e não temos mais como segurar", explica o diretor Eldo Dorneles Júnior.

Apesar de inúmeros contatos junto à concessionária, as respostas até aqui foram todas negativas. "Eles alegam que avaliaram a situação e não têm como fazer essa mudança. Na verdade, eles têm concessão para oferecer um serviço adequado e não fazem. Se os dois ônibus saíssem às 12h05, já ajudava. O que provavelmente vai acontecer é que o aluno que trabalha ou faz algum curso, como o Senai, vai voltar para o remoto ou vai se atrasar", completa.

Segundo Dorneles, a não adaptação das linhas prejudicará, neste momento, ao menos 20 jovens que dependem do transporte coletivo, mas, em tempos normais, esse número mais do que dobra, passando de 40. "A grande maioria deles não tem condições de pagar uma van, e muito menos de ir a pé. O mesmo está ocorrendo no noturno: dos mais de 100 alunos, muitas vezes só seis ou sete vêm, por falta de transporte", ressalta.

Por fim, o diretor salienta que gostaria de ver uma mobilização local em apoio aos alunos como ocorreu recentemente em outro caso envolvendo a escola, que gerou manifestações até na Câmara de Vereadores. "Estavam nos cobrando que estávamos fechando a escola, o que nunca aconteceu, agora vamos ver se vão cobrar da empresa também", conclui.

O NB Notícias aguarda um posicionamento oficial da empresa a respeito do caso.

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