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A serpente e o vaga-lume

Era uma vez uma serpente que perseguia um vaga-lume que nada mais fazia do que simplesmente brilhar.

05/09/2021 às 11h06
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: jornaloliberal
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NUMA floresta havia diversos animais, mas, especialmente, dois eram destaques entre eles: uma serpente e um vaga-lume!

O vaga-lume passou toda noite iluminando a todos e para todos, e também a tudo, sempre alegre, atencioso, reverenciando, cumprimentando todos os animais, facilitando o trânsito deles na floresta.

A serpente cheia de raiva, rancorosa, perigosa, atenta não conversava com o vaga-lume. Mas, distraiu-se o vaga-lume, voando perto demais, foi pego pela serpente.

Ele, então, diz: Por que você me persegue e quer me matar? Por acaso faço parte de sua cadeia alimentar?

Ela: Não.

Ele: Então por quê?

Ela responde: É porque não suporto o seu brilho! Nem ver você brilhar!

ISTO é uma Fábula, ou seja, uma narrativa alegórica cujos personagens são geralmente animais e conclui com uma lição moral para os seres humanos. Foi usada por Esopo, Bárbio e ganhou com La Fontaine um tom especial, na vida social.

“É um gênero literário de tradição popular dos gregos e outros povos, como nós. O espírito geral é realista e irônico, a temática varia: a vitória da bondade sobre a astúcia, da fraqueza sobre a força, a demonstração de piedade para com os que não a possuem, a derrota dos sabidos, dos presunçosos, dos orgulhosos. Normalmente tem um fecho de sentido moralizante, sendo a lição ou moral da Fábula anunciada por um dos personagens.” (Enciclopédia Barsa, Vol.6, pág.121)

A vida também é assim. Você não vai agradar todo mundo, mas, não deixe de iluminar porque as pessoas se sentem felizes, alegres, contentes com sua presença, precisam de sua palavra, seu conselho, ânimo, disposição, carinho e amor; precisam de sua luz na escuridão de suas vidas. Não deixe que nenhuma cobra (o mal) acabe com seu brilho ou pessoas que querem apagar a sua luz, porque elas são como o carvão: Apagado, suja! Aceso, queima!

Moral: A inveja é, sem dúvida, um dos grandes malefícios da humanidade.

 

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