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Prefeitura de Bento descarta possibilidade de subsídio à passagem de ônibus

Aumento "inevitável" da tarifa do transporte coletivo urbano ainda depende da decisão do Conselho de Trânsito, que está inativo por falta de integrantes, mas deve ocorrer em breve

31/08/2021 às 15h22
Por: Marcelo Dargelio
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(Reprodução)
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A passagem de ônibus urbano em Bento Gonçalves terá um "inevitável" aumento em breve. Recentemente, as duas empresas que operam na cidade – Bento e Santo Antônio – entregaram ao Poder Público o cálculo com base na planilha de custos utilizada na atualização anual dos valores: de acordo com o documento, o preço deveria sair dos atuais R$ 4,25 para R$ 8,31 para que as companhias colocassem os veículos rodar sem prejuízos.

A conta, inevitavelmente, também abrange as perdas verificadas em função da pandemia, o que fez, inclusive, que ao menos uma das concessionárias pedisse indenização à administração municipal, no montante de cerca de R$ 3 milhões. A cobrança está sendo analisada pela Secretaria de Finanças e e pela Procuradoria Geral do Município e, até o momento, não não há nem mesmo uma indicação negativa sobre a demanda.

A decisão sobre o novo valor da passagem ficará a cargo do Conselho Municipal de Trânsito. Curiosamente, o colegiado, que é formado por entidades e representantes do Poder Público, está inativo devido à falta de integrantes, já que muitos acabaram deixando o posto. "Estamos cobrando para que sejam chamados os suplentes, pois, além da questão dos ônibus, também temos que analisar um pedido de reajuste para os taxistas. Acredito que em uns dois meses teremos o Conselho novamente ativo e uma definição sobre os ônibus. Com certeza, não vai ser esse preço proposto, que passa de R$ 8, mas o aumento vai ser inevitável. Talvez, suba uns 20 centavos", projeta o secretário de Mobilidade Urbana, Marcos Barbosa.

Segundo ele, a ideia é tentar trabalhar com um valor abaixo de R$ 4,50. A alteração anterior, em janeiro de 2020, fez com que as viagens saíssem de R$ 3,90 para os atuais R$ 4,25.

Por outro lado, Barbosa praticamente descarta qualquer possibilidade de subsídio financeiro da prefeitura às empresas, de forma a manter ou reduzir o custo dos bilhetes urbanos para os usuários. De acordo com o secretário, somente a nova licitação para regulamentar o sistema de transporte coletivo, que deve ser lançada neste ano, poderá trazer alguma mudança significativa para o serviço, mas isso só a partir do finalzinho de 2022. "Nós teremos mais controle sobre a concessão, diferentemente deste contrato que temos hoje, que encerra em dezembro do ano que vem. A passagem poderá até baixar e também pretendemos ter a tarifa integrada", finaliza.

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