O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira, 25, a aplicação de uma 3ª dose da vacina contra a covid-19 a partir do dia 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos (pessoas que têm o sistema imunológico comprometido). A injeção de reforço tem sido defendida por especialistas diante do aumento de infecções entre imunizados com as duas doses e de evidências científicas de que a proteção induzida pelas vacinas cai ao longo do tempo. Países como Estados Unidos, Israel e Chile também adotaram a estratégia da 3ª dose.
A decisão foi tomada em reunião do ministério na noite de terça-feira, 24. Na segunda-feira, o secretário-executivo da Pasta, Rodrigo Cruz, antecipou, em entrevista ao Papo do Editor, do Broadcast Político, que a aplicação da dose de reforço deveria começar em meados de setembro. Além disso, o ministério vai antecipar, também a partir de 15 de setembro, a aplicação da segunda dose dos imunizantes da Pfizer e AstraZeneca das atuais 12 semanas para oito semanas.
A partir do dia 15 de setembro, serão enviadas as doses de reforço para os imunossuprimidos que tenham tomado a 2ª dose há pelo menos 28 dias e de idosos com mais de 70 anos que tenham tomado a 2ª há pelo menos seis meses. Conforme o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, o grupo de imunssuprimidos inclui indivíduos que passaram por transplante de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas que vivem com HIV e CD4 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida. Também engloba pessoas que usam" imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizam tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses e neoplasias hematológicas".
A aplicação nos idosos seguirá ordem cronológica, do mais velho para o novo. A Saúde aguarda a conclusão de um estudo para decidir como será a aplicação da terceira dose em profissionais de saúde e pessoas com menos de 70 anos. O Ministério da Saúde estudará ainda a possibilidade de imunização cruzada entre as vacinas da Astrazeneca e Pfizer, mas isso será feito somente em caso de necessidade.