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A cachorrinha que salvou 250 soldados na Segunda Guerra Mundial

Sem dúvida, essa é a mascote de guerra mais condecorada na história das Forças Armadas dos Estados Unidos.

16/08/2021 às 10h48 Atualizada em 16/08/2021 às 14h28
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: Infobae e New York Post
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Divulgação
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Em março de 1944, uma pequena Yorkshire Terrier de apenas 2 quilos e 20 centímetros chamada Smoky foi encontrada em uma trincheira na Nova Guiné, durante a Segunda Guerra Mundial. Seu dono original vendeu a cachorrinha ao soldado William “Bill” Wynne por 7 dólares. Assim, ela foi praticamente "alistada" no Exército dos Estados Unidos. A partir daí, a cadelinha participou de diversas missões, geralmente levada na mochila de seu dono.

Smoky e Wynne estiveram juntos em 12 operações, fizeram voos de reconhecimento, resgates e até saltos em paraquedas. No entanto, o momento épico para essa heroína aconteceu durante a expedição ao Golfo de Lingayen, ilha de Luzón, no norte do arquipélago das Filipinas, quando ela se tornou a solução para um grande problema enfrentado pelo Exército. O sistema de comunicações que transmitia mensagens entre três diferentes pelotões havia sido danificado devido aos intensos ataques das tropas japonesas e seu reparo seria uma missão extremamente arriscada.

Para fazer o conserto, um fio de telégrafo teria que ser instalado subterraneamente, sendo desenrolado por uma distância de mais de 20 metros. Para isso, seria necessário que mais de duas centenas de soldados cavassem um longo túnel abaixo da movimentada pista de pouso situada entre os pelotões, tornando-os alvos fáceis para os inimigos. O trabalho demoraria pelo menos três dias para ser completado e os voos dos aviões militares dos EUA teriam que ser suspensos durante esse período.

Foi quando surgiu a ideia de usar Smoky para atravessar um bueiro de 21 metros de comprimento por 20 centímetros de diâmetro que já havia por ali. Wynne amarrou o fio na coleira da cachorrinha e correu para esperá-la do outro lado, possibilitando a restauração do sistema de comunicação em poucos minutos. A façanha evitou que 250 soldados dos EUA arriscassem suas vidas, sendo expostos ao exército imperial japonês em trabalhos de escavação ao ar livre. Além disso, mais de 40 aviões de combate e de reconhecimento puderam se manter em atividade, já que não foi necessário interditar a pista de pouso do Exército.

Após a guerra, Smoky foi levada por Wynne para os Estados Unidos. Lá, ela se tornou uma celebridade. Nos 10 anos seguintes, ela e seu dono fizeram apresentações por todo o país. Nessas ocasiões ela demonstrava habilidades impressionantes, como andar com os olhos vendados em uma corda bamba.

Em 21 de fevereiro de 1957, Smoky morreu aos 14 anos de idade. Ela foi enterrada em uma caixa de munições da Segunda Guerra Mundial e sepultada na reserva Rocky River, em Cleveland. Algum tempo mais tarde, os veteranos fizeram um monumento em seu túmulo, para homenageá-la. Sem dúvida, essa é a mascote de guerra mais condecorada na história das Forças Armadas dos Estados Unidos.

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