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Há 50 anos, a Acordeões Todeschini ardia em chamas em Bento Gonçalves

Incêndio que destruiu a fábrica dos famosos instrumentos, também em uma sexta-feira 13, acabou sendo o propulsor para a entrada da empresa no mundo dos móveis

13/08/2021 às 21h23 Atualizada em 16/08/2021 às 08h13
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Memória BG
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(Reprodução)
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Na fatídica sexta-feira 13 de agosto de 1971, a Acordeões Todeschini, localizada no bairro Cidade Alta, ardia em chamas. O incêndio, que mudaria para sempre a história da empresa, ocorreu pouco depois que o novo proprietário da fábrica, José Eugênio Farina (falecido no dia 27 de maio de 2020) quitou a última parcela pela compra da planta.

A produção e a comercialização do instrumento – que já vinham em queda desde meados dos anos 1960, com a presença cada vez mais marcante da guitarra elétrica – se encerrariam oficialmente em 1973. Mas, nesse período, depois de renascer das cinzas, a Todeschini já apostava nos móveis, itens que, nas décadas seguintes, voltariam a reposicionar a marca no cenário nacional.

Nascida como a “Grande Fábrica de Instrumentos Musicaes a Foles de Luiz M. Todeschini”, em 1932, a empresa chegou a produzir uma média mensal de 1.500 acordeões na década de 1960, tornando-se a maior do ramo na América Latina. Além de suprir o mercado brasileiro, também exportava para países como Argentina, Chile, Venezuela, México e Estados Unidos.

Em pouco mais de 40 anos na ativa no meio musical, a Todeschini chegou a ter quase 700 funcionários e produziu 170 mil acordeões, além de bandoneões e harmônios. No incêndio de 1971, que durou dois dias, foram destruídos cerca de quatro mil instrumentos em montagem e outros 700 já finalizados.

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