Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em Bento Gonçalves promoveram um adesivaço durante o final de semana em pontos estratégicos da cidade. O objetivo da manifestação foi apoiar a implantação do voto impresso auditável nas eleições de 2022.
De acordo com os organizadores do movimento, cerca de 2 mil adesivos foram distribuídos na manhã do sábado, 31 de julho, quando a manifestação foi realizada na Via del Vino, e no domingo, 1º de agosto, na Avenida Planalto. "O voto impresso é um desejo de grande parte da população, para que se tenha garantia do voto e que possa ser auditado de uma forma segura e correta. O que gera confusão é que acham que isso significa o retorno do voto de cabresto, mas as pessoas vão levar para casa o papel, o que serviria como comprovante para políticos que compram voto. O voto na verdade fica só registrado", defendeu Volmar Giordani, um dos organizadores da manifestação.
Quais auditorias são possíveis de se fazer nas eleições:
O Tribunal Superior Eleitoral elencou todas as oito diferentes possibilidades de auditoria nas eleições para não deixar margem de que o voto eletrônico também é auditável. Confira:
Verificação do resumo digital – São algoritmos que mapeiam e transformam dados que são gerados a cada eleição.
Reimpressão do Boletim de Urna – É possível reimprimir os boletins de qualquer urna encerrada, após as eleições, para conferência futura e comparação entre o boletim impresso e o que foi recebido pelo sistema.
Verificação de assinatura digital – Esta técnica criptográfica é usada para garantir que o arquivo digital não foi modificado, e possa ser verificado quanto à sua integridade e autenticidade.
Comparação dos relatórios e das atas das seções eleitorais com os arquivos digitais da urna – A urna registra todos os eventos da votação em um arquivo chamado “log”, que pode ser comparado com as atas das seções eleitorais.
Auditoria do código-fonte lacrado e armazenado no cofre do TSE – É possível verificar os códigos-fontes das eleições passadas. O principal produto da lacração são as assinaturas digitais dos softwares usados nas eleições, que serão verificadas pelo hardware da urna, a principal barreira contra ataques externos.
Recontagem dos votos por meio do Registro digital do Voto (RDV) – O RDV é uma espécie de tabela digital onde são armazenados todos os votos digitados na urna, de forma aleatória. O que possibilita a recuperação dos votos para recontagem eletrônica.
Comparação da recontagem do RDV com os boletins de urna (BU’s) – O Boletim de Urna é gerado a partir do RDV. Assim, com o RDV e o boletim é possível comparar a apuração oficial da urna com o somatório dos votos de cada candidato ou legenda contidos no RDV.
Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas sob Condições Normais de Uso – Antes conhecida como “votação paralela”, essa auditoria é realizada por amostragem, visando demonstrar o funcionamento e a segurança das urnas.
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