Acionada por meio de mais uma denúncia, na manhã desta terça-feira, dia 13, a Associação Ativista Ecológica (Aaeco) foi até uma construção no bairro Progresso, após a suspeita de que uma nascente de água estava em risco. Como havia a possibilidade de que os trabalhos estivessem ocorrendo a menos de 50 metros desta fonte natural, o que contraria a lei, a entidade acionou a fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smmam), que se dirigiu ao local e, de forma preventiva, suspendeu a operação das máquinas.
O terreno, que fica na rua Ettore Giovanni Perizzolo, próximo à sede da Associação dos Deficientes Físicos de Bento Gonçalves (Adef-BG), seria então vistoriado por um geólogo da prefeitura, que emitiria um laudo a respeito da situação. O resultado da análise saiu no começo da tarde desta quarta-feira, dia 14, indicando que não se trata de uma nascente.
A decisão contraria muitos relatos de moradores do entorno, que se manifestaram a respeito do caso em uma publicação do secretário-geral da Aaeco, Gilnei Rigotto, no Facebook. Eles ressaltam, por exemplo, que, ao longo das últimas décadas, e mesmo em meio a períodos de forte estiagem, nunca faltou água neste ponto, o que auxiliou no abastecimento das famílias.
Inconformado com o laudo, assinado pelo geólogo Luiz Pinto de Jesus Filho, a Associação Ativista Ecológica pretende agora recorrer ao Ministério Público (MPRS) para conseguir uma avaliação de outro técnico. "Fontes de água devem serem preservadas a qualquer custo diante da falta desse vital e precioso líquido", salienta Rigotto. A entidade aguarda apenas o recebimento de uma cópia do laudo inicial da prefeitura, que já foi solicitada ao Poder Público bento-gonçalvense.
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