Parece algo visionário imaginar que, com uma boa alimentação, a pessoa pode ter benefícios como proteger o próprio coração de doenças cardiovasculares. Muitas pessoas relatam que não se alimentam de forma adequada por não haver alimentos saudáveis acessíveis. No entanto, a Dieta Cardioprotetora foi criada para que a população brasileira tivesse uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, acessível ao bolso.
Muitos dos itens elaborados são encontrados com agricultores locais ou em feiras, pois são frutas e verduras da estação, alimentos in natura ou minimamente processados. Mas por que essa dieta protege o coração? A nutricionista clínica do Hospital Cardiológico Costantini, Lizandra Stelle de Oliveira, explica que isso acontece porque os alimentos indicados possuem nutrientes protetores como vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. “Além de, claro, evitar a ingestão de alimentos que prejudicam a saúde do coração, como alimentos que contenham gordura saturada, colesterol e sódio”, esclarece.
São diversos benefícios que compõem a dieta, desde a prevenção de doenças que afetam o coração, até mesmo a diminuição da circunferência abdominal, controle do peso e redução de fatores de risco como a hiperglicemia, dislipidemias e aumento da pressão arterial.
A Dieta Cardioprotetora foi idealizada a partir de recomendações das diretrizes brasileiras, por meio do Ministério da Saúde. Os alimentos são separados por três grupos: verde, amarelo e azul, de acordo com a densidade dos nutrientes e o grau de processamento de cada alimento.
Os alimentos do grupo verde devem ser a base da alimentação diária e devem ser ingeridos em proporção maior em relação aos outros grupos. São eles: verduras, frutas, legumes, feijões, leite e iogurtes desnatados. Os alimentos do grupo amarelo devem ser consumidos de forma moderada. São eles: pães, cereais, macarrão, tubérculos cozidos, farinhas, castanhas e óleos vegetais. Já o grupo azul é composto pelos seguintes alimentos: carnes, queijos, ovos e manteiga – os quais devem ser consumidos em menor quantidade.
Além destes, também existe o grupo vermelho, que é composto por alimentos que devem ser evitados, pois são ultraprocessados, com baixa qualidade nutricional, alto
valor calórico, rico em gordura trans e elevada quantidade de sal. “São aqueles produtos prontos e congelados, embutidos, bolachas e salgadinhos de pacote, doces industrializados, macarrão e sopas instantâneos e refrigerantes”, exemplifica Lizandra.
ALIMENTOS PRECONIZADOS
A nutricionista do Hospital Cardiológico Costantini destaca a importância de se perceber a necessidade de mudar o hábito alimentar. “Uma mudança saudável do seu hábito alimentar é aquela que vai fazer parte ao longo da vida. Avalie o seu padrão alimentar com as orientações de uma dieta saudável e estabeleça metas com mudanças gradativas”, aconselha a profissional.
No documento preparado pelo Ministério da Saúde (acesse aqui) são mencionados diversos produtos regionais. Confira uma lista de alimentos preconizados na dieta cardioprotetora, que são acessíveis e fáceis de encontrar:
> Grupo Verde: Verduras (alface, repolho, couve, brócolis, espinafre, agrião); Frutas (banana, abacaxi, maçã, uva, limão, manga, morango, mexerica, laranja); Legumes (cenoura, tomate, chuchu, maxixe, abóbora, beterraba, abobrinha, berinjela); Leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha); Leite e iogurtes sem gordura (desnatados ou semidesnatados).
> Grupo Amarelo: Pães (francês, caseiro, de cará, integral); Cereais (arroz branco e integral, aveia, granola, linhaça); Macarrão; Tubérculos cozidos (batata, mandioca, mandioquinha, inhame, cará); Farinhas (mandioca, tapioca, milho, rosca); Oleaginosas (castanha-do-Brasil/Pará, caju, nozes); Óleos vegetais (soja, milho, azeite); Mel, goiabada, geleia de frutas.
> Grupo Azul: Carnes (de boi, porco, frango e peixe); Queijos brancos e amarelos; Ovos; Manteiga; Doces caseiros;
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