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Médicos alertam sobre mamografia após tomar vacina contra covid-19

A recomendação é endossada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, pela Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

08/07/2021 às 12h19
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: diariodasaude
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Divulgação
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Médicos estão emitindo um alerta para que as mulheres que tomaram vacina contra a covid-19 não façam exames de mamografia nos dias imediatamente após a injeção.

A razão para isso é que a vacina gera uma reação inflamatória que resulta em pequenos linfonodos - chamados gânglios ou ínguas - nas axilas das pacientes, e estas ínguas aparecem nos exames de mamografia, gerando os chamados "falsos positivos", ou seja, sugerindo doenças que não existem.

Nas últimas seis semanas, foi registrado um aumento agudo da presença de linfonodos pelos radiologistas nos laudos de mamografias e ultrassonografias, o que gera pedidos de investigações adicionais, de punções a cirurgias, com um grave impacto emocional na mulher.

"A paciente, quando ela não está atenta para isso, realmente se apavora. Coisa que não é necessário, desde que a gente constate que ela teve vacina naquele braço, ou até no braço contralateral, nos últimos 15 ou 30 dias," explica a mastologista Maira Calfelli Caleffi, da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).

Depois desse período, a médica explica que os linfonodos regridem, isto é, voltam ao normal, na grande maioria das vezes.

Por isso, a Femama está fazendo um alerta para prevenir contra essa preocupação. A gente está pedindo que elas não deixem de fazer os exames. Mas se tomou a vacina de covid-19, aguarde de duas a quatro semanas, porque já tem chance de nem aparecer nada," acrescentou Maira.

Segundo a Femama, a recomendação é endossada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, pela Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Essas instituições também já divulgaram recomendações de conduta frente à linfonodopatia axilar em pacientes que receberam recentemente a vacina contra a covid-19

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