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Prefeitura de Bento descarta possibilidade de vazamento de necrochorume em cemitério

Líquido que escorre por entre as gavetas tem causado uma situação incômoda para vizinhos do local e famílias que visitam seus entes ali sepultados

05/07/2021 às 18h06 Atualizada em 05/07/2021 às 19h34
Por: Marcelo Dargelio
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(NB Notícias)
(NB Notícias)

Nas últimas semanas, moradores do São Francisco e famílias que visitam o Cemitério Público Municipal localizado no bairro – e que é o mais antigo da zona urbana de Bento Gonçalves – voltaram a reclamar do vazamento de água por entre as gavetas onde estão alojados os restos mortais de dezenas de finados.

A reportagem do NB Notícias esteve no local, onde fez uma transmissão ao vivo mostrando o problema, na última sexta-feira, 2 de julho. Além dos transtornos causados pelo acúmulo no piso, o temor dos frequentadores e residentes do entorno é de que o líquido seja necrochorume resultante da decomposição dos corpos ali sepultados.

Durante a live, foi mostrada uma grande quantidade de líquido empoçada na área, o que também ocasiona mau cheiro. Uma entrevistada, que não quis se identificar, relatou que a situação não é novidade e completará três anos em outubro. "Cada vez pior, é sangue, é sujeira, é muito cheiro. A gente não pode chegar e fazer uma oração. Isso deixa a gente muito triste. É um vazamento que desce do telhado e vai acumulando água dentro das carneiras. Eu venho toda semana, e é toda semana assim. A gente limpa, varre, mas depois fica cheio igual. A gente fica até constrangido", afirma a mulher. Outra questão levantada foi o risco de as infiltrações provocarem um desabamento.

Responsável pela Divisão de Cemitérios, a Secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana informa que esteve realizando uma vistoria no local no fim de semana, para verificar a situação e fazer a limpeza do espaço. De acordo com a pasta, foi constatado um vazamento de água que ocorreu pela grande volume de chuva da semana passada, o que acabou fazendo escorrer também ferrugem e pedaços de madeira. 

O órgão descarta qualquer possibilidade de haver vazamento do necrochorume e diz que os túmulos localizados naquela ala são de sepultamentos realizados há mais de duas ou três décadas. “A secretaria possuí funcionários que trabalham na manutenção do espaço. Este tipo de situação, quando constatada, pode ser comunicada diretamente para nossa secretaria, que estaremos prontos para auxiliar", aponta o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Marcos Barbosa.

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Consuelo baccegaHá 3 anos Bento Gonçalves Está na hora de incentivar a prática da cremação, com esclarecimento para que as pessoas passem aceitar a mudança dos costumes, que sepultamentos nestes moldes hoje em dia não são coerentes com meio ambiente e saúde pública. São assuntos que devem fazer parte do dia a dia para as pessoas verem com naturalidade a prática milenar de cremar os entes já idos
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