Quatro homens foram mortos a tiros na madrugada deste domingo, 13, após uma briga com um policial militar em Porto Alegre. Eles morreram dentro de uma pizzaria e, após as mortes, o autor dos disparos se apresentou na Delegacia de Pronto-Atendimento (DPPA) com a arma, prestou depoimento e afirmou que agiu em legítima defesa.
De acordo com a Polícia Civil, as mortes ocorreram por volta das 5h15. A cena foi flagrada por uma câmera de vigilância da pizzaria, localizada na Avenida Manoel Elias, a uma quadra do cruzamento com a Avenida Protásio Alves, no bairro Mario Quintana.
Segundo o levantamento preliminar do Departamento de Homicídios, as imagens corroboram a versão do PM. No depoimento, o policial contou que ele passou por uma festa em uma residência próxima ao local do crime procurando sua ex-namorada, quando quatro homens e duas mulheres saem da casa onde estava acontecendo o evento e passam a atacá-lo. O grupo, segundo seu relato, corre atrás dele e ele se refugia na pizzaria. As imagens mostram o PM tentando se esconder dentro do estabelecimento. Também segundo o policial, ele avisou os demais que estava armado.
Para a diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, delegada Vanessa Pitrez, não há dúvidas que o policial agiu em legítima defesa e corria risco de perder a vida se não tivesse atirado nos indivíduos. "Temos as imagens que mostram que ele tentou evitar, se escondeu usou uma porta para se proteger. Tiraram essa proteção e foram para cima dele, seis pessoas. Até aí, nos parece que foi legítima defesa. O policial se apresentou na delegacia espontaneamente e, a princípio, não vai ser preso. Vamos averiguar todas as circunstâncias e aprofundar as investigações para ver se ele não tinha outra alternativa. Nos parece que ele tentou evitar o confronto. Pelo vídeo, corria até o risco de as pessoas tirarem a arma dele e ele ser morto", afirmou a delegada.
A Polícia Civil vai esclarecer a versão do policial, o motivo pelo qual o grupo o atacou e se o PM tinha alguma relação com as vítimas. As duas mulheres não se feriram pois recuaram quando o policial começou a disparar. O caso foi registrado como quádruplo homicídio e a principal linha de investigação, até o momento, é a de legítima defesa. A investigação ficará com a 5ª Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital.
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