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Dicas para saber se você está em um relacionamento abusivo

Você Acha que está em um relacionamento abusivo, mas não tem certeza.Veja

02/06/2021 às 09h51
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: blogapimentou
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1. O que caracteriza um relacionamento abusivo? Não é preciso que haja agressão física para que ele se configure como abusivo? Ele pode ser físico, verbal e sexual?

Não, a agressão via de regra começa com ofensas verbais e desqualificação da pessoa, o último estágio geralmente é o sexual, isto é o mais comum, mas já observamos o abuso sexual vir antes do físico.

2. Como podemos reconhecer um parceiro abusivo?

Eles são ciumentos, possessivos, tem vontade de controlar tudo ao seu redor, tem mudanças bruscas de humor e sentem a necessidade de inferiorizar o outro parceiro.

3. Quais as consequências desse tipo de relacionamento para a pessoa que é abusada? Ela pode ter depressão, ficar machucada demais por causa do abuso físico e sofrer outras consequências?

Ela se anula, inicia-se uma serie de atitudes incapacitantes, onde o outro tem o poder, decisão, uma co-dependência em várias instâncias.

4. O que é importante fazer/notar para não deixar que esse tipo de situação chegue ao extremo? É importante ela perguntar a si mesma se está bem com a situação, se não está sofrendo, se o parceiro não esta lhe fazendo mal?

Dar um basta o quanto antes, tanto com palavras como com ações, um muitos casos são necessários alguns tipos de ajuda como uma terapia, uma nova qualificação profissional, inserir-se em novos grupos sociais.

5. O que a pessoa pode fazer no caso que ela perceba que o relacionamento é abusivo e ela quer sair dele?

É essencial ter cuidado para que o parceiro não lhe cause outros problemas ou até chegue ao extremo de lhe fazer algum outro mal.

6. E no caso em que a pessoa percebe o abuso, não quer sair dele e quer tentar ‘mudar’ o parceiro. Isso é indicado? Como ela pode conversar com o parceiro para dizer que ele não está agindo corretamente? Há outros cuidados que ela deva tomar? A ajuda profissional também é recomendada?

Nunca mudamos o outro, mudamos a nossa forma de agir. Uma mudança de conduta pode levar a mudança do outro, mas isto não é garantia, pois o outro muitas vezes não quer a mudança. Sim uma terapia breve ou de casal, um coach de relacionamento, alguém que traga ferramentas de auto confiança e estima.

7. Como a pessoa deve agir em casos de relacionamento abusivo em que haja agressão física, verbal e sexual? Quais os canais que ela pode acionar para denunciar as agressões?

São muitos os canais, no caso de físico e sexual, denuncia e exames probatórios, no caso de psicoemocional, gravações e outros registros, nossa justiça esta cada vez mais especializada nesta ajuda, paralelo a isto ajuda psicológica é essencial para dar continuidade no processo e recomeçar a reconstruir a vida para não cair na mão de outro agressor.

8. Existem certas pessoas com potencial para serem agressoras? Ou isso pode acontecer com qualquer um? O que leva uma pessoa a agir dessa maneira? A gente consegue identificar esse tipo de pessoa com facilidade? Como?

Sim, existem alguns potenciais. As pesquisas mostram que vitimas de violência muitas vezes tornam-se agressões, crianças e adolescentes que conviviam em ambientes agressivos, a banalização da violência, ou a cultura da vingança repetem os padrões violentos por gerações. Nem sempre se identifica-se estes padrões facilmente, pois são indivíduos muitas vezes carentes e sedutores. Como não cair nesta, conhecendo a si, tratando suas carências, dando-se valores, dizendo alguns não, e se já esta nesta situação coragem para buscar ajuda e recomeçar.

9. E se ocorre o inverso, e quem é abusiva no relacionamento é a mulher. É possível perceber isso com facilidade? O que ela pode fazer para mudar essas atitudes e ser uma pessoa melhor com o seu parceiro?

Também não. Reconhecer que o outro não sou eu, nem minha extensão, não tem obrigações de ler meus pensamentos, nem realizar todos os meus desejos. Parar de cobrar, de comparar-se, controlar, tornar-se agradável no lugar de chata e sistemática. Ter uma relação de amor, de leveza e de companheirismo.

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