A qualidade da água da Bacia do Rio Gravataí está bastante prejudicada, especialmente nos trechos próximos à foz. A análise consta em relatório elaborado pelo Departamento de Qualidade Ambiental (DQA) da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O estudo avaliou as condições da água de sete estações de monitoramento localizadas ao longo do rio em dois períodos: de 2010 a 2013 e de 2015 a 2020. O objetivo foi identificar as condições de qualidade e indicar possíveis fontes de poluição como forma a auxiliar nas medidas de controle e correção.
“A avaliação da série histórica de monitoramento evidenciou que não está ocorrendo melhora na qualidade das águas no rio Gravataí, apontando inclusive para uma piora com o passar dos últimos anos”, resumiu o químico industrial e chefe da Divisão de Monitoramento Ambiental (Dimam), Márcio D'Avila Vargas. “A elevada densidade populacional da região sem o devido esgotamento sanitário e adequado para a demanda, bem como o aumento das áreas de lavoura sobre as áreas úmidas da planície de inundação do rio e próximas às áreas de banhados, também podem ter contribuído para este cenário.”
Vargas destaca, porém, que o parâmetro turbidez apresentou melhora nos valores medidos, possivelmente em virtude das diversas ações de fiscalização e controle realizadas pela Fepam nos últimos anos. Ele reforça que, para a efetividade, bem como o avanço do processo de gestão de recursos hídricos, é necessário o contínuo monitoramento dos parâmetros referentes à qualidade da água.
O relatório foi elaborado pelas equipes técnicas da Divisão de Planejamento Ambiental (Diplan) e da Dimam, com base nos dados da Rede Básica de Monitoramento, que é operada pelo Serviço de Inteligência Geoespacial (Sigeo), Serviço de Amostragem (Samost), Gerências Regionais e Divisão de Laboratórios (Dilab).
•O documento completo está disponível aqui.
Texto: Julia Machado/Ascom Sema
Edição: Secom
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