Será que aqueles queijos e vinhos, que adoramos servir ao receber os amigos, podem estar nos fazendo bem? Não é tão simples, é claro, mas um novo estudo sugere que o “consumo responsável” de vinho e queijo pode ajudar a proteger a função cerebral à medida que você envelhece.
Os autores do estudo, liderados por uma equipe da Iowa State University, examinaram dados de mais de 1.500 adultos do Reino Unido para explorar as ligações entre dieta e declínio cognitivo relacionado à idade.
Dos alimentos testados, o queijo foi de longe o alimento mais protetor, disseram os pesquisadores, após analisar dados de pesquisas dietéticas e resultados de testes cognitivos em participantes, coletados ao longo de um período de 10 anos.
O vinho tinto teve grande destaque, por suas ligações com a função cerebral aprimorada, concluiu a pesquisa, publicada na edição de novembro de 2020 do Journal of Alzheimer’s Disease.
Mas é importante frisar que antes de você saborear aquela taça extra de vinho, os pesquisadores alertaram que mais estudos são necessários.
“Fiquei agradavelmente surpreso que nossos resultados sugerem que comer de forma responsável queijo e beber vinho tinto diariamente não são bons apenas para nos ajudar a lidar com nossa atual pandemia de Covid-19, mas talvez também lidar com um mundo cada vez mais complexo que nunca parece desacelerar”, disse, Auriel Willette, professor assistente em Ciência dos Alimentos e Nutrição Humana na ISU.
“Ensaios clínicos randomizados são necessários para determinar se ao fazer mudanças fáceis em nossa dieta poderia ajudar nossos cérebros de maneiras significativas”.
Os dados do estudo liderado pela ISU foram extraídos do “UK Biobank” e foram baseados em respostas a questionários dietéticos e “testes de inteligência fluida”, tanto de uma avaliação inicial quanto de dois acompanhamentos, cobrindo a década entre 2006 e 2016.
No total, todos os 1.748 voluntários apresentados no estudo, tinham entre 46 e 77 anos na momento em que foi concluído.
Brandon Klinedinst, um estudante de doutorado em neurociência na ISU e que trabalhou no estudo recente, observou que fatores genéticos parecem oferecer a algumas pessoas mais proteção especificamente contra a doença de Alzheimer, mas acrescentou: “Eu acredito que as escolhas alimentares certas podem prevenir a doença e o declínio cognitivo completamente”.
Fonte: Decanter
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