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Após acordo histórico, governador assina decreto de renovação do Fundoleite

O governador Eduardo Leite assinou, nesta terça-feira (25/5), o decreto de renovação do Fundoleite, após um acordo histórico com as entidades de produtores rurais, da indústria e de cooperativas de laticínios.

25/05/2021 às 15h06
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Secom Rio Grande do Sul
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Leite e secretária Silvana na assinatura do decreto que impulsionará políticas públicas para o setor leiteiro - Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
Leite e secretária Silvana na assinatura do decreto que impulsionará políticas públicas para o setor leiteiro - Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite assinou, nesta terça-feira (25/5), o decreto de renovação do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), após um acordo histórico com as entidades de produtores rurais, da indústria e de cooperativas de laticínios.

Implementado em 2013 via Lei 14.379, o Fundoleite não era renovado desde 2016. Por conta disso, nos últimos cinco anos não havia definição sobre a política pública dedicada ao setor.

“Dos produtores de leite, na maioria, pequenos produtores, até chegar à indústria e ir para o varejo, todos os elos da cadeia leiteira têm preocupações e demandas que são legítimas. Não é fácil, portanto, promover uma articulação para a gestão de um fundo, que opera com recursos de taxas cobradas, e definir sua finalidade de forma que atenda a toda a cadeia. Isso exigiu muito esforço e muito diálogo. Estou muito convicto de que chegamos a uma solução que vai gerar valorização do setor e do produto, de forma a melhorarmos a renda dos mais de 60 mil produtores de leite gaúcho e da indústria e agregar ainda mais à nossa economia”, destacou o governador.

O novo decreto permitirá que políticas públicas para o setor leiteiro sejam impulsionadas a partir do Fundoleite, dando acesso aos recursos. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), em 2020, o valor depositado no fundo foi de R$ 2,6 milhões. A partir da implementação do decreto, espera-se que cerca de R$ 4 milhões anuais sejam aplicados no fundo. Além disso, aguarda-se uma eventual recuperação dos valores que foram depositados judicialmente pelas empresas, que são estimados em R$ 12 milhões.

Segundo as novas regras acordados para o Fundoleite, 70% dos recursos serão encaminhados à assistência técnica dos produtores de leite, 20% para projetos relativos ao desenvolvimento e apoio à cadeia produtiva e 10% destinado ao custeio administrativo de entidade representativa do setor.

A titular da Seapdr, Silvana Covatti, também destacou o diálogo e o trabalho feito em conjunto com técnicos do governo, deputados estaduais e representantes do setor, para que se chegasse a essa atualização do fundo.

“Hoje, estamos comemorando junto a todos vocês esse consenso histórico. Os deputados estaduais lutaram muito com as entidades para que pudéssemos chegar a este dia e comemorar o decreto do Fundoleite. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de leite do país, com 4,24 bilhões de litros ao ano, e, a partir deste decreto, esperamos que a cadeia produtiva leiteira gaúcha cresça cada vez mais”, pontuou a secretária.

Auxílio a produtores afetados pela estiagem

Aproveitando a presença e participação de representes do agronegócio gaúcho, o governador anunciou, durante a cerimônia, que o Estado arcará com 100% dos custos das sementes de milho e sorgo nos 104 municípios afetados pela estiagem e que tiveram situação de emergência reconhecida.

Leite anunciou que o Estado arcará com custos das sementes de milho e sorgo nos 104 municípios afetados pela estiagem
Leite anunciou que o Estado arcará com custos das sementes de milho e sorgo nos 104 municípios afetados pela estiagem - Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

“Estamos falando de R$ 4,6 milhões que deixarão de ser demandados dos agricultores que receberam as sementes [pelo programa Troca-Troca] na safra 2020/2021 nesses 104 municípios. São cerca de 16 mil produtores que não precisarão fazer pagamento das sementes agora, na data de 31 de maio”, afirmou Leite.

“Em função do quadro crítico que tivemos na produção do milho, reconhecemos a importância de nós darmos o suporte, a partir do trabalho dos deputados e das entidades representativas, que estiveram discutindo e defendendo esse tema para que conseguíssemos chegar a essa tomada de decisão”, concluiu o governador.

Texto: Vanessa Kannenberg
Edição: Secom

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