Bento Gonçalves terá um representante no tradicional Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4, uma das principais categorias do automobilismo nacional. O piloto Eduardo Serafini Cavalli, de 21 anos, da equipe LucaTech Performance, de Sapucaia do Sul, vai disputar pela primeira vez a competição, a qual inicia neste final de semana, dias 8 e 9, em Guaporé, em conjunto com o Campeonato Gaúcho de Turismo, Super Turismo e Copa Classic.
A categoria Turismo 1.4 é disputada com carros populares, como Celta, Corsa, Gol, Uno, modificados para corrida. Por ser acessível em termos de custo, a modalidade ganhou apreço dos apaixonados por velocidade. Todos os carros possuem motor 1.4 GM da Chevrolet, independente da marca do veículo. “Todos têm o mesmo motor e, portanto, ganha realmente o melhor piloto”, explica.
Com experiência em Motocross e Kart, Eduardo agora quer brilhar no automobilismo te tem boas expectativas para a sua estreia na competição nacional. “Temos um carro extremamente competitivo, me adaptei muito rápido. Consegui aplicar todo o meu extenso e intenso conhecimento do simulador para a vida real de forma rápida e isso foi essencial para nós. Estamos com um conjunto capaz de ganhar”, explica.
Como o piloto bento-gonçalvense ainda não conquistou nenhum título na modalidade Turismo, Eduardo vai correr na categoria Novatos. “Vamos em busca do título na categoria Novatos e na Geral. Temos muitas chances de levar o nome da cidade além. Bento tem um histórico de automobilismo muito rico, mas muito oculto. Quero trazer isso de volta à tona”, destaca.
A temporada do Campeonato Brasileiro de Turismo 1.4 terá corridas no Rio Grande do Sul, Goiás e Minas Gerais. Cada uma das etapas vai contar com quatro baterias, com duração de 20 minutos. Na primeira etapa, em Guaporé, as tomadas de tempo serão realizadas no sábado e, no domingo, ocorrem a disputa das quatro baterias. “Como é um grid com muitos carros – cerca de 40 carros – o importante é fazer uma boa tomada de tempo, largar na frente e sumir. O negócio é evitar confusão, manter o carro inteiro e a cabeça sã, pois são quatro baterias em um dia só”, explica.
A paixão pelo automobilismo
Desde criança, Eduardo criou um vínculo muito próximo com a velocidade. O seu pai, Fúlvio Cavalli, assim como o piloto bento-gonçalvense, também é um apaixonado por carros e já foi piloto de motocross, conquistando inúmeros títulos. A paixão, portanto, passou de pai para filho. “Meu pai, desde os 14 anos de idade, foi metido em correr de moto. Ele adorava. Sempre foi o cara que tinha pouco equipamento, mas muito conhecimento e fazia milagre com o que tinha. Aos poucos ele foi evoluindo e chegou a ser um piloto oficial da Agrale, ao lado de grandes pilotos”, exalta Eduardo.
Aos seis anos de idade, Eduardo ganhou a sua primeira moto e, desde então, não largou a paixão. Após uma extensa bagagem em competições sob duas rodas, o piloto, posteriormente, mudou-se para o Kart, disputando inúmeras provas até alcançar o automobilismo. “Como não posso escolher muito, eu sigo as oportunidades que me apresentam. No momento são os carros de turismo. Quem sabe, no futuro, eu consiga correr no GT3, que é uma categoria de supercarros de corrida na Europa, ou de protótipo em Le Mans, na França, ou na Stock Car, que seria um bom alvo no Brasil”, relata o piloto.
O piloto bento-gonçalvense vai percorrer o mesmo caminho que grandes pilotos do automobilismo, a exemplo de Ingo Ott Hoffmann, que é o maior campeão da Stock Car Brasil com 12 títulos e que já competiu na Fórmula 1; de Paulo Gomes, que foi campeão quatro vezes da Stock Car Brasil, nos anos de 1979, 1983, 1984 e 1995, e do Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos, de 1991, que agora passou-se a se chamar de Brasileiro de Turismo; entre diversos outros pilotos que conquistaram reconhecimento de âmbito nacional e internacional.
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