O projeto #Include , que incentiva o empoderamento de meninas para trabalhar com o pensamento computacional, convidou estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental a produzirem histórias em quadrinhos sobre a trajetória de meninas e mulheres que sonham trabalhar na área de ciência e tecnologia. A produção foi reunida em um gibi montado pelas estudantes com o apoio da coordenação e de bolsistas do projeto. O #Include é uma iniciativa do curso de Engenharia de Computação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) de Guaíba e tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A produção do gibi iniciou-se em 2019 e seguiu de forma remota em 2020. As histórias foram elaboradas por estudantes das escolas municipais de Ensino Fundamental Santa Rita de Cássia e Anita Garibaldi e do Colégio Estadual Augusto Meyer, todos de Guaíba. O projeto também é desenvolvido na Escola Estadual de Educação Profissional Solon Tavares e no Instituto Estadual Gomes Jardim, ambas de Ensino Técnico.
O #Include é coordenado pela professora Fabrícia Damando e conta com as bolsistas do curso de Engenharia de Computação Luana Santana e Michele da Silva.
De acordo com Fabrícia, a produção do gibi proporcionou que as meninas que participam do projeto trabalhassem em grupo para desenvolver uma história de forma criativa. Para isso, as estudantes do 6º ao 9º ano da Educação Básica aprenderam a usar um software para a criação de histórias em quadrinhos e desenvolveram as histórias protagonizadas por meninas.
A professora Eurídice Peixoto, da Escola Santa Rita de Cássia, disse que se trata de um projeto “com alma”. “Utilizo essa expressão porque acredito tratar-se de um trabalho vivo, humano, em que um grupo de pesquisadoras se desdobrou e se articulou juntamente com a Escola Santa Rita de Cássia para tornar acessíveis conhecimentos computacionais às alunas da Educação Básica, mesmo no difícil tempo de pandemia no qual vivemos”, ressalta.
Eurídice conta que o projeto promoveu a iniciação da inclusão digital, mesmo sem a instituição ter um laboratório de informática. “Todas essas experiências refletiram nas atividades escolares, na autonomia, na responsabilidade, no seguimento das atividades escolares, na aplicação de conceitos matemáticos e de linguagens, além do reconhecimento das famílias das alunas”, avalia.
“Queremos cada vez mais divulgar e mostrar para meninas como a área das exatas é interessante e que elas podem estudar, descobrir, criar, inventar e solucionar. Também é importante mostrar mulheres que já fizeram história e as que ainda fazem, mostrar mulheres inspiradoras como as professoras, as cientistas, as engenheiras, as matemáticas, as físicas, as mulheres da computação e outras mais”, enfatiza Fabrícia.
Isabelle Cardoso, aluna do 6º ano da Escola Santa Rita de Cássia, conta que a experiência superou suas expectativas. “O principal aprendizado foi sobre a força que nós mulheres temos e que nunca devemos desistir dos nossos sonhos e objetivos”, disse.
•Vídeo sobre o projeto.
•Para acessar a publicação.
Texto: Daiane de Carvalho Madruga/Ascom Uergs
Edição: Secom
Mín. 17° Máx. 24°