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Esportivo vai definir se participa ou não da Série D do Brasileirão até terça-feira

“A diretoria vai pensar não apenas com paixão, mas também com a razão”, afirma o presidente do clube, Laudir Piccoli. Confira a opinião do mandatário:

30/04/2021 às 16h24 Atualizada em 01/05/2021 às 12h36
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Foto: Kévin Sganzerla
Foto: Kévin Sganzerla

A disputa inédita do Clube Esportivo na Série D do Campeonato Brasileiro ainda é uma incógnita. Após o rebaixamento à Divisão de Acesso, a direção está avaliando se participa da competição nacional ou se direciona os esforços já visando o ano de 2022. De acordo com o presidente do alviazul, Laudir Miguel Piccoli, o futuro do clube deve ser definido até terça-feira, dia 4. Caso não disputar, o Esportivo não poderá participar de competições nacionais por um período de dois anos. 

Em entrevista ao NB Notícias, o mandatário afirmou que o clube está bem financeiramente, com um Superávit que ultrapassa a faixa dos R$ 500 mil. Apesar disso, o presidente salienta a importância de manter a responsabilidade com a saúde financeira do clube projetando a próxima temporada. 

“Nossa vontade é com certeza participar da Série D, porém temos que ter responsabilidade. A minha gestão vai até novembro e vai ter uma nova gestão posteriormente, e a última coisa que quero fazer é deixar uma herança de problemas para o clube. A diretoria vai pensar não apenas com paixão, mas também com a razão”, explica. 

Através de conversas com os presidentes do São Luiz, Caxias e Pelotas, clubes que disputaram a Série D de 2020, Laudir Piccoli afirma que as equipes contatadas gastaram entre R$ 800 mil a R$ 1 milhão para participar do campeonato. 

Na Série D, o Esportivo teria as viagens e hospedagens pagas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Restaria, portanto, a folha salarial da equipe e outras despesas operacionais. “Essa gestão não teria problema nenhum de fazer uma Série D, mas provoco: e depois da Série D vão vir as exigências para subir no próximo ano na elite do Campeonato Gaúcho. Se não atingir o objetivo no primeiro ano ou no segundo ano vem aquela segunda fase do desespero. Começam a existir problemas financeiros, problemas estruturais”, opina. 

De acordo com o presidente, a preocupação maior de sua gestão é comprometer a saúde financeira do Esportivo com vistas para a disputa da Divisão de Acesso de 2022. “Temos em caixa mais do que o valor de 500 mil da Copa do Brasil, mas se não aplicarmos do jeito certo vai chegar junho do ano que vem, na hora de disputar o acesso para a elite, e não vamos ter mais valor nenhum. Ao contrário, talvez teremos dívidas para pagar”, destaca.

Para a disputa da Série D, mesmo com a possibilidade de trabalhar com uma folha salarial consideravelmente menor, Laudir afirma que o clube, em despesas gerais, arrancaria com cerca de R$ 100 mil de custos. “Primeiro temos que fazer cálculos. Daria para participar? Sim, mas estruturalmente, a médio prazo, gastaríamos uma energia na Série D com certeza, e vai que aconteça de ir para a Série C, fazemos o que depois?”, comenta. 

Na última quinta-feira (29), a direção se reuniu para debater a participação do clube na Série D, avaliando, sobretudo, os custos operacionais e as possibilidades de acordo com as limitações financeiras. Uma nova reunião, com a presença da direção e do conselho deliberativo, está agendada para esta segunda-feira (03), a qual vai definir o futuro da equipe. 

Apesar da pressão do torcedor, Laudir pondera que a diretoria do Esportivo vai fazer uso da "razão" para definir se o clube disputará ou não a competição nacional. “Vamos analisar a questão operacional do clube e o futuro a médio e a longo prazo. Estamos totalmente comprometidos com o Clube Esportivo e sabemos da indignação do torcedor, da cidade de Bento Gonçalves. Quando esse tipo de coisa acontece temos que rever onde erramos, nos unir e, a partir desta união, fazer o Esportivo ser cada vez mais forte”, pondera o presidente. 

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