Religiosos de várias partes do País promovem, neste domingo (11), ato pedindo liberdade para participar presencialmente de cultos e missas após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou governadores e prefeitos a proibirem cerimônias presenciais durante a pandemia.
Denominado "Marcha da Família Cristã pela Liberdade", o movimento convocou seguidores para carreatas em, pelo menos, 73 municípios. Apenas no Estado de São Paulo, 14 cidades foram incluídas na programação.
Na capital paulista, os apoiadores fizeram carreata partindo da Assembléia Legislativa, na zona sul, às 13h00, e seguiram para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista. De acordo com a CET (Companhia Engenharia de Tráfego), a via ficou totalmente bloqueada durante a marcha, mas às 15h37 acabou totalmente liberada.
As redes sociais do movimento disseram que o evento seguiria todos os protocolos necessários para evitar a disseminação do novo coronavírus. Mas uma equipe da Record TV, ao chegar ao local, flagrou vários participantes sem máscara e sem cumprir o distanciamento social.
Conforme a Ascon (Associação Conservadora), o ato é inspirado na Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que ocorreu em março de 1964 e antecedeu o golpe militar no Brasil.
Em Curitiba (PR), além da reabertura das igrejas, o grupo pediu a manutenção do tratamento precoce contra a covid-19, que não tem comprovação científica. A marcha acompanhada de carreata percorreu as ruas do centro da capital paranaense.
Em Brasília, o ato começou na Praça dos Três Poderes. O grupo carregava bandeiras, bíblias e faixas com críticas aos ministros do STF e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O grupo também defendeu a abertura do comércio e intervenção militar, o que é incostitucional.
A associação afirma ainda que a marcha une 50 entidades conservadoras de todo o país, como o Movimento Avança Brasil, o Instituto Brasil200, o Movimento Família Brasileira, o Movimento Brasil Feminino, a Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, o Médicos pelo Brasil, o Conselho Nacional dos Direitos da Cultura Cristã, o Instituto Liberdade e Justiça, o Movimento Conservadorismo Estudantil, a União Juventude Patriota, Associação Conservadora do Brasil e a OACB (Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil).