Em meio a um surto de cinomose que tem atingido cachorros de rua e de famílias de baixa renda em diversos bairros de Bento Gonçalves, o vereador Thiago Fabris (Progressistas) encaminhou nesta quinta-feira, dia 8, um ofício à Secretaria do Meio Ambiente (Smmam), sugerindo uma campanha de vacinação em massa dos animais.
No pedido, o parlamentar propõe que sejam utilizados recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente para a aquisição dos imunizantes e que, depois, seja montada uma força-tarefa para executar a aplicação.
A cinomose é uma doença altamente contagiosa entre cães, não transmissível para humanos ou outros animais domésticos. Ela é multissistêmica, ou seja, pode provocar inúmeros sintomas – inclusive neurológicos – e, em muitos casos, levar o animal à morte, pela dificuldade e custo do tratamento. Em outras situações, mesmo com a cura do pet, podem permanecer sequelas muito graves.
Segundo Fabris, após um resgate de um animal infectado no bairro Ouro Verde, há cerca de um mês, no qual ele apoiou uma ONG da cidade, começou a ser percebido um aumento significativo de casos, que na sequência também foram relatados em outros pontos do município. "Fazendo essa vacinação em massa, podemos amenizar esse surto e evitar que se espalhe mais ainda", salienta.
De acordo com o vereador, o ideal seria a aquisição e aplicação de pelo menos mil vacinas nesto momento. Ele aponta que o Poder Público teria condições de comprar pacotes de 10 doses a R$ 270 – assim, o investimento inicial seria de R$ 27 mil.
Ele ressalta, ainda, que o objetivo também é tentar ao máximo fazer o resgate dos cães contaminados que não tenham tutores, levando-os para lares temporários seguros onde possam se recuperar e, depois, partir para adoções responsáveis.
Sintomas
A progressão dos sintomas da cinomose varia de acordo com as fases citadas abaixo. No entanto, nem todos os animais passam necessariamente por todas elas.
> Fase respiratória:
A primeira fase que apresenta os sintomas da cinomose em cachorro está restrita à respiração. Quando não tratada corretamente, pode ser elevada a uma próxima fase ou até levar a falência do pet. Fique atento aos primeiros sinais, como:
– Tosse seca ou com secreção;
– Pneumonia;
– Secreção nasal;
– Dificuldade respiratória;
– Secreções oculares,
– Febre aguda.
> Fase gastrintestinal:
Depois de afetar a respiração, o amigo de quatro patas passa a sentir desconfortos gastrointestinais. É imprescindível, que já a partir da primeira fase, o pet vá ao veterinário para tratar a doença. Portanto, preste atenção em sinais como:
– Vômitos;
– Diarreia (com possíveis estrias de sangue);
– Anorexia (falta de apetite),
– Dor abdominal.
> Fase neurológica:
Na terceira fase da doença, o pet passa a ter o neurológico afetado. E até antes ou durante essa fase, o cãozinho pode chegar a falecer. Por isso, se o amigo peludo apresentar os seguintes sintomas, leve-o a um veterinário imediatamente:
– Vocalização involuntária (como se estivesse sentindo dor);
– Alteração comportamental;
– Convulsões;
– Contrações musculares involuntárias;
– Andar em círculos;
– Movimentos de pedalagem,
– Paralisia.
> Fase cutânea:
Na última fase, o pet apresenta problemas na pele. Nesse caso, é importante observar atentamente qualquer mudança na aparência do amigo. Os principais sintomas são:
– Pústulas abdominais;
– Hiperqueratose (espessamento) nos coxins e focinho;
– Conjuntivite;
– Lesões na retina.
(Fonte: Petz/Veterinário Samuel Teófilo)
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