O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), André Mendonça, defendeu nesta quarta-feira (7) a realização de cerimônias religiosas com público, ainda que em número restrito. Ele falou no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o tema, realizado após decisões discordantes entre os ministros Gilmar Mendes, contra eventos com público, e Kassio Nunes Marques, a favor da liberação do público, considerando uma ocupação máxima de 25% da capacidade.
"Ser cristão é viver em comunhão com Deus e com o próximo. Ter compaixão é chorar junto, lamentar junto. Dar o suporte", afirmou Mendonça, que deixou nas últimas semanas o posto de ministro da Justiça e Segurança Pública em reforma ministerial realizada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na defesa da presença de público em cerimônias religiosas, Mendonça afirmou que "sem vida em comunidade, não há cristianismo". Citou passagem bíblica em que Jesus fala "onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles".
Mendonça citou dados de suicídios em outros países relacionando isso à liberação ou não de frequentar espaços religiosos. E questionou se a decisão do STF dada em abril de 2020, garantindo a estados e municípios o direito de manterem suas regras de quarentena, questionando se isso seria um "cheque em branco".