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Cantor Agnaldo Timóteo morre vítima de complicações da Covid-19

O cantor chegou a tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19, mas médicos que acompanharam ele no hospital acreditam que ele foi infectado entre o intervalo entre a primeira e a segunda dose.

03/04/2021 às 16h09 Atualizada em 03/04/2021 às 16h30
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Cantor Agnaldo Timóteo morre vítima de complicações da Covid-19

O cantor Agnaldo Timóteo morreu neste sábado (3) no Rio de Janeiro vítima das complicações decorrentes da Covid-19. Ele tinha 84 anos e estava internado desde o dia 17 de março na UTI do Hospital Casa São Bernardo, na Zona Oeste do Rio. No último dia 27, precisou ser intubado para "ser tratado de forma mais segura" contra a doença. 

A notícia da morte do cantor foi divulgada pela família, em nota. "É com imenso pesar que comunicamos o FALECIMENTO do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do COVID-19 e faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha", disse a família.

O cantor chegou a tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19, mas médicos que acompanharam ele no hospital acreditam que ele foi infectado entre o intervalo entre a primeira e a segunda dose.

Trajetória de sucesso por mais de 50 anos

Agnaldo Timóteo Pereira, mais conhecido como Agnaldo Timóteo, nasceu em Caratinga, no interior de Minas Gerais, em 16 de outubro de 1936. Apaixonado por música desde cedo, se apresentava em circos itinerantes que chegavam à cidade. Timóteo passou a cantar em programas de calouro em rádios de Caratinga, Governador Valadares e Belo Horizonte. Ele conciliava as apresentações com o trabalho de torneiro mecânico. Em Minas, interpretava canções de Cauby Peixoto e ficou conhecido como “Cauby mineiro”.

Agnaldo Timóteo em estúdio da Barra Funda, em março — Foto: DivulgaçãoNa década de 1960, se mudou para o Rio de Janeiro atrás de oportunidades na música e começou a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Timóteo gravou seu primeiro disco após indicação da cantora em 1961, mas demorou a estourar. A projeção veio após participação no programa de Jair de Taumaturgo na TV Rio, quando ganhou todos os prêmios do programa e foi contratado pela gravadora EMI-Odeon.

Com o LP "Surge um Astro", emplacou o hit "Mamãe" (versão de "La Mamma", de Charles Aznavour) e passou a participar do programa “Jovem Guarda”. O início da carreira foi todo focado em versões de sucessos internacionais.

Com o álbum “Obrigado Querida”, lançado em 1967, alcançou o primeiro lugar nas gravadoras do país e seu primeiro grande hit foi “Meu grito”, canção de Roberto Carlos. A partir de então, se consolida como cantor romântico e lança outros sucessos como “Ave-Maria”, “Verdes campos” e “A galeria do amor”. Agnaldo Timóteo gravou mais de 50 discos, alternando entre o romântico e o brega.

Trajetória política

Timóteo iniciou sua atuação como político em 1982, quando foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro pelo PDT.

Durante o mandato, brigou com Leonel Brizola e transferiu-se para o extinto PDS. Candidatou-se ao governo do Estado em 1986, mas foi derrotado por Moreira Franco. Foi reeleito deputado federal em 1994, e renunciou dois anos depois para assumir como vereador na cidade do Rio de Janeiro.

Em 2005, assumiu como vereador em São Paulo pelo Partido Progressista, e foi reeleito em 2008.

 

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