Depois da crise entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o ministro da Defesa, Eduardo Azevedo, e os três comandantes das Forças Armadas que saíram em resposta à demissão repentina do ministro, o Exército publicou nesta sexta-feira (4) uma imagem dos generais Villas Bôas, Eduardo Pujol e Paulo Sérgio reunidos.
"Antigo, atual e futuro Comandante do Exército de Caxias: laços inquebrantáveis de respeito, camaradagem e lealdade", pontuou o Exército na publicação, que mostra os militares sorrindo enquanto conversam.
A sucessão do Exército é acompanhada com atenção pelo Congresso desde a saída abrupta do ex-ministro da Defesa, Eduardo Azevedo, nesta segunda-feira (29). Segundo fontes do R7, ele se recusava a demonstrar manifestações públicas de reforço a posições do presidente, como chegou a ser feito pelo general Villas Boas.
No dia seguinte à demissão, foi a vez dos três comandantes das Forças Armadas entregarem os cargos: Edson Pujol, do Exército, Antônio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica, e Ilques Barbosa Júnior, da Marinha. Eles também não apoiavam postura de alinhamento político ao presidente.
Eles serão substituídos nos próximos dias por outros três nomes anunciados pelo novo ministro da Defesa, Braga Netto: o general Paulo Sérgio (Exército), tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) e almirante Almir Garnier Santos (Marinha).
No anúncio, Braga Netto, porém, declarou que as Forças Armadas estavam atentas a sua missão como instituições de estado, que respeitarão a Constituição durante o enfrentamento da pior fase da pandemia de covid-19, "o maior desafio do Brasil" atualmente, nas palavras do ministro.
"Marinha, Exército Brasileiro e Forças Armadas se mantém fiéis a suas missões constitucionais de defender a pátria, garantir os poderes constitucionais e as liberdades democráticas. Neste dia histórico, reforço que o maior patrimônio de uma nação é a garantia da democracia e liberdade do seu povo", disse.