O advogado-geral da União, José Levi, entregou ao presidente Jair Bolsonaro uma carta de demissão nesta segunda-feira, 29. Ex-integrante do Ministério da Economia e indicado por Paulo Guedes, ele é o 3º a perder o cargo nas mudanças que Jair Bolsonaro está promovendo na Esplanada.
Uma das razões para que Levi fosse demitido (em Brasília, para efeitos oficiais, é sempre o ministro que pede demissão) foi a ação direta de inconstitucionalidade que o presidente propôs ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra 3 Estados que haviam implementado toque de recolher. A AGU, por decisão de José Levi não assinou essa ADI. No Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio enxergou inépcia na peça (porque não poderia ser assinada apenas pelo presidente) e nem analisou o pedido.
Levi tem boa relação com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de quem o Planalto e bolsonaristas nunca fizeram bom juízo. O presidente tampouco achou o trabalho do advogado-geral excepcional e aproveitou o momento para pedir o cargo.