A partir deste mês as rações de pets vão ficar mais caras. Vai ser cobrado 10% de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) que antes não era cobrado. Se você tem um bichinho de estimação deve estar se perguntando: o que fazer para economizar?
Uma das grandes polêmicas com relação aos cuidados com cachorro é: ele pode comer comida humana em vez de ração? A veterinária Mallize Fonseca afirma que sim, mas que ela deve ser balanceada: “Para oferecer alimentação caseira para o cão, ele precisa ser avaliado por um veterinário para ele indicar a melhor dieta. Tem gente que dá dieta sem balancear e pode ter problema”.
A aposentada Junia Helena Fonseca já teve quatro cães em sua vida e sempre alimentou-os com comida natural, mas sem avaliação nutricional necessária para montar o cardápio de seus pets. “Eu dou arroz branco, arroz integral, carne, frango, verdura. Quando eu viajo, excepcionalmente, eu coloco ração, mas é muito raro”, explica. “Todos recomendam apenas ração”, diz Junia, sobre os veterinários que já consultaram seus pets. Apesar disso, ela relembra um caso em que chegou com suas três cadelas da raça bassê e foi super elogiada pela condição dos dentes e pelos dos animais, visto a idade avançada delas. Só depois de um tempo de consulta a veterinária ficou sabendo que elas eram alimentadas com comida humana e disse “Não pode!”.
Erros
O maior erro na administração de comida caseira para os cachorros é não respeitar as necessidades nutricionais dos diferentes cães, que variam de acordo com a raça e idade do animal. Mallize destaca que filhotes e gestantes precisam de mais proteínas e minerais, enquanto um animal idoso já precisa de menos proteína que um adulto ativo.
Outro perigo de não se consultar com um veterinário antes de mudar a dieta é deixar o animal com carência de nutrientes. “A dieta caseira muitas vezes não supre todas as necessidade e deve ser feita a suplementação de vitaminas e minerais”, explica a veterínária, que afirma que a deficiência de cálcio é comum nos animais e, por isso, geralmente é feita a suplementação.
O que pode e não pode?
Mallize recomenda comida saudável que comemos no dia a dia: arroz integral, carnes de frango, peixe ou bovina – prezando pelas menos gordurosas –, além de legumes e folhas variados. Ela indica que as carnes sejam todas cozidas para evitar o risco de contaminação.
O veterinário deve indicar a quantidade (e variedade) adequada de comida para cada animal, mas um aspecto é igual à alimentação à base de ração: a frequência. A comida deve ser dada duas vezes ao dia, uma na hora do almoço e outra na hora do jantar.
Apesar de a alimentação ser parecida com a dos donos, existe alguns alimentos que estão proibidos do cardápio dos cãezinhos: uva, nozes, abacate e chocolate possuem substâncias tóxicas para eles. A cebola, dependendo da quantidade, também pode intoxicar os cães.
Vantagens
A primeira vantagem é o fato de a comida ser caseira e não industrializada. Além disso, a veterinária aponta outros benefícios: “Conseguimos selecionar os grãos não transgênicos, os alimentos frescos e ficamos livres de corantes e conservantes”.
Os alimentos frescos também possuem mais água, ajudam a hidratar o animal e facilitam a digestão. “E é possível diversificar mais. Isso é mais palatável e menos enjoativo”, conclui Mallize.
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