Moradores de Bento Gonçalves que precisam retirar medicamentos na Farmácia Unidade Central têm alegado falta de alguns itens. O setor fornece remédios especializados para quem tem doenças crônicas e dependem de tratamento contínuo. Os relatos ocorrem ao menos desde o fim da semana passada. As informações são do Jornal Pioneiro
O contador aposentado Angelo Frizzo, 75 anos, esteve entre os pacientes que ficaram sem parte dos medicamentos. Com pressão alta e diabetes, ele busca sete remédios na unidade a cada dois meses. Na sexta-feira, 19, foi surpreendido pela falta de Sinvastatina, usada no tratamento de colesterol, e Atenolol, receitada para combater a hipertensão. "São remédios comuns, que muita gente toma. Falo no sentido de alertar. Claro que as pessoas podem ir numa farmácia popular e fazer um cadastro, mas o serviço tem que funcionar", destaca.
Frizzo também questiona a quantidade de remédios entregues. Ao invés de receber caixas suficientes para dois meses, como o habitual, voltou para casa com metade disso. "Isso vai dar mais aglomerações (porque as pessoas irão mais seguido buscar). É um contrassenso", alerta.
Segundo a secretária da Saúde de Bento Gonçalves, Tatiane Misturini Fiorio, a falta ocorreu devido ao atraso na entrega por parte do fornecedor. A compra dos medicamentos foi realizada por meio do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (Cisga) e não houve problemas com a licitação em si.
De acordo com a secretária, na segunda-feira, 22, o município tinha falta de Sinvastatina, Dipirona e Loratadina Xarope. A entrega, contudo, já começou e os medicamentos devem estar disponíveis ainda nesta semana. Sobre o prazo das receitas, Tatiane afirma que todas as receitas são para 60 dias e devido ao agravamento da pandemia elas foram prorrogadas por mais 30 dias, para evitar a necessidade de novas consultas.
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