Um detetive particular de Los Angeles admitiu nesta quinta-feira (18) ter espionado a duquesa de Sussex, Meghan Markle, e sua família para o tabloide inglês The Sun em 2016, no início do namoro dela com o príncipe Harry. A revelação foi feita pelo portal Byline Investigates, que investiga escândalos na mídia britânica.
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Segundo o portal, que enviou os documentos para serem checados pela BBC e o New York Times, o investigador Dan Hanks, que trabalhou durante décadas para o Sun e outros tabloides londrinos, foi contratado para descobrir detalhes sobre a vida particular da atriz, que participava da série Suits e na época da investigação gravava os capítulos em Toronto, no Canadá.
Diversos membros da família de Meghan, inclusive seu pai, Thomas Markle, o filho dele, Thomas Jr, e o ex-marido a atriz, foram investigados a partir das informações obtidas pelo detetive, As centenas de matérias e entrevistas com o pai e meio-irmãos levaram a duquesa a se afastar deles na época do casamento com Harry. Hanks divulgou um pedido de desculpas por meio do site.
"Peço desculpas a Meghan Markle e ao príncipe Harry por investigar sua família, especialmente seu pai, em nome do The Sun. Eu nunca quis prejudicar Meghan Markle e não teria feito o serviço se soubesse que causaria todos esses problemas. Também quero aproveitar a oportunidade para me desculpar com a rainha, porque agora percebo o mal que o meu trabalho para o The Sun causou para toda a família", disse ele.
Por meio de uma nota enviada à BBC, o casal disse que "sentimos que home é um momento importante de reflexão para a indústria da mídia e a sociedade como um todo, uma vez que essa investigação mostra que as práticas predatórias do passado continuam em atividade, causando danos irreversíveis para famílias e relacionamentos".
Hanks contou que entregou, em 30 de outubro de 2016, um dossiê de 90 páginas sobre Meghan e alguns parentes. No arquivo, constavam endereços residenciais, e-mails, registros de carros, números de telefone, informações de outros membros da família e amigos e, principalmente, o número do seguro social dela. Essa é uma informação confidencial, tanto nos EUA quanto no Reino Unido, e a divulgação é um crime.
A data, 30 de outubro, é significativa porque foi nesse dia que o primeiro boato sobre o namoro do príncipe com a atriz norte-americana foi publicado em outro tabloide, o Sunday Express. Logo, uma matéria sobre as diversas mensagens de texto que Harry teria mandado para ela antes do primeiro encontro, foi publicado pelo The Sun, o que levou a uma acusação de que o celular de um deles teria sido hackeado.
A péssima relação entre o casal e a imprensa britânica foi um dos motivos que os levou a rejeitar os títulos e funções e abandonar o convívio com a família real em 2019. Em uma entrevista recente para a apresentadora Oprah Winfrey, eles citaram um clima "tóxico" causado pela constante invasão dos tabloides em suas vidas e nas de suas famílias.
Hanks, que vendeu seus arquivos para o Byline, entregou recibos e e-mails que mostram a negociação, pagamento e entrega do dossiê sobre Meghan para o então chefe do escritório do Sun em Nova York, James Beal. O jornal divulgou uma nota, alegando que nunca pediu que o investigador usasse métodos ilegais e que nunca utilizou o seguro social de Meghan.
Os documentos mostram que o investigador ganhou pouco mais de 4 mil libras (cerca de R$ 31 mil) pelo serviço em 2016.
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