O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, em live, no início da tarde desta quinta-feira, 18, o início do processo da privatização da Corsan. A manifestação foi feita diante das mudanças do Marco Regulatório do Saneamento, aprovadas no Congresso Nacional.
Segundo o governador, o marco prevê metas para serviços de saneamento até 2033 e, o não atendimento, pode representar a quebra de contratos. Ele ponderou que a Corsan não tem condições de cumpri-los. Leite reconheceu que mudou a sua posição em relação à privatização da companhia, na comparação com as declarações de quando era candidato ao governo do Estado. Em 2018, ele disse ser contrário à privatização.
A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) levantaria cerca de R$ 1 bilhão ao caixa do Estado, conforme previsão do Palácio Piratini, que passaria o controle da companhia aos acionistas e manteria cerca de 30% dos papéis com o governo. "A Corsan não tem capacidade própria de geração de caixa, o Estado não tem capacidade de aporte e não existem linhas de financiamento suficientes para atender essas metas até 2033. As novas exigências aumentam o rigor das metas e a necessidade de investimentos e, impõem um risco. Se não houver adaptação para o ritmo de entrega se poderia perder os contratos", destacou o governador.
Atualmente, dos 497 municípios gaúchos, 317 têm os serviços operados pela Corsan. Os outros 180 fazem a prestação de outras maneiras, como por autarquias e empresas privadas. "A privatização (da Corsan) não representará a perda do contrato", afirmou Leite.
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