O alto grau de irritação, intolerância e falta de empatia das pessoas chegou também aos serviços fúnebres. Na cidade de Camaquã, na Zona Sul do Estado, agentes funerários promoveram uma briga em frente ao hospital da cidade. O motivo: ver quem faria o sepultamento de uma pessoa que faleceu na casa de saúde. O fato inusitado ocorreu na noite do domingo, 14.
Imagens que foram compartilhadas nas redes sociais, mostram o momento em que dois homens brigam em frente ao Hospital Nossa Senhora Aparecida. A discussão teria acontecido por causa da disputa para realizar os atos fúnebres de uma pessoa que faleceu momentos antes. A briga ocorreu em frente aos familiares da pessoa falecida, que há poucos minutos tinham sido comunicados do falecimento.
Um dos familiares ficou indignado com a guerra travada pelo atendimento de pessoas que morrem na cidade. Segundo ele, o assédio sobre as famílias enlutadas é uma prática constante dos agentes funerários. "A prática, não é cometida por todas as funerárias da cidade, mas existem profissionais que pressionam os familiares para realizar os atendimentos", destacou o familiar.
Das seis funerárias em atividade atualmente no município, ao menos duas delas estariam agindo desta forma, segundo informações prestadas por familiares que já passaram por esta situação. Na manhã desta quarta-feira, 17, na ClicRádio, do Grupo Clic Camaquã, Guilherme Manski, proprietário de uma funerária da cidade, denunciou que está havendo um leilão de corpos na cidade. "Infelizmente não há mais respeito com as famílias. Quem paga mais, leva o corpo", denunciou o empresário.
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