O Ministério da Saúde deve ter um novo ministro a partir desta terça-feira, 16. Mesmo que o atual ministro, Ernesto Pazuello tenha dito que não pretendia deixar o cargo, ele deve ser substituído. Nesta segunda-feira, 15, o presidente Jair Bolsonaro convidou o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, para ocupar o cargo, após receber negativa da médica Ludhmila Hajjar. A nomeação já deve ser publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União.
Marcelo Queiroga deixou o gabinete presidencial por volta das 18h30 desta segunda-feira, 15, e, segundo interlocutores do presidente, aceitou o convite. Sendo oficializado, Marcelo Queiroga será o quarto ministro da Saúde no governo Bolsonaro, sucedendo o general Eduardo Pazuello. Antes, a pasta foi ocupada pelo ortopedista e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM) e pelo oncologista Nelson Teich.
O paraibano Queiroga é muito respeitado no setor e conta com bom trânsito em Brasília e no governo, tendo sido convidado este ano para integrar a direção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele também já havia sido cotado para a pasta após a saída de Mandetta. No combate ao coronavírus, defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce, dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente. Mas Queiroga é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar as próprias convicções e as do presidente.