O presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) fez um desabafo na manhã desta quarta-feira, 10, em entrevista à Rádio Spaço FM, de Farroupilha. Entre outras coisas, o dirigente falou que nesta pandemia, a política do quanto pior, melhor está imperando. Ele foi mais longe e disse que o dinheiro está falando mais alto que a saúde.
Quatro associações municipais, que reúnem mais de 80 municípios, assinaram um documento pedindo o retorno imediato da cogestão e também o tratamento imediato de pacientes com coronavírus. O documento será entregue ao governador Eduardo Leite nesta quarta-feira, 10 de março. Assinam o pedido a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), Associação dos Municípios da Serra (Amserra), da Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra (Amucser) e da Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (Amvarc).
Segundo Breda, o fechamento total das cidades está sendo definido por técnicos que estão enclausurados no Palácio Piratini e não conhecem a realidade dos municípios. O presidente da Amesne revela que os prefeitos não estão sentindo a realização de uma política pública para combater a Covid-19 por parte do governo do estado. Ele destaca que o aumento no número de leitos, pelo menos na região da Amesne, tem sido feito graças ao esforço dos prefeitos e das entidades empresariais parceiras. "Agora chegou no limite. O governador fechou tudo e o povo que espere pelo pior", revelou Breda.
O presidente da Amesne acredita que não está sendo incentivado o uso do tratamento precoce para as pessoas nos primeiros sintomas da Covid-19. Ele garante que é preciso que os municípios incentivem mais o uso dos medicamentos disponíveis no início da doença, pelo menos até o quinto dia. Breda denunciou que o dinheiro está sendo a prioridade nesta pandemia e que a saúde e o povo estão em terceiro, quarto lugar. "Tem muita gente ganhando dinheiro com essa pandemia e esquecendo da saúde. É preciso um novo rumo na atuação contra a doença. Esse caos não pode continuar. Nãoo podemos esperar pela vacina, precisamos trabalhar com as armas que temos aqui", finalizou o presidente.
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