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O interesse maior com essa pandemia é ver quem vai ganhar mais dinheiro

Presidente da Amesne, José Carlos Breda, fez um desabafo sobre o fechamento das empresas novamente afirma que o tratamento precoce poderia ter evitado muitas mortes.

10/03/2021 às 12h09 Atualizada em 10/03/2021 às 12h53
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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Associações de prefeitos de mais de 80 cidades vão pedir o retorno da cogestão ao governador Eduardo Leite
Associações de prefeitos de mais de 80 cidades vão pedir o retorno da cogestão ao governador Eduardo Leite

O presidente da Associação dos Municí­pios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) fez um desabafo na manhã desta quarta-feira, 10, em entrevista à  Rádio Spaço FM, de Farroupilha. Entre outras coisas, o dirigente falou que nesta pandemia, a política do quanto pior, melhor está imperando. Ele foi mais longe e disse que o dinheiro está falando mais alto que a saúde.

Quatro associações municipais, que reúnem mais de 80 municípios, assinaram um documento pedindo o retorno imediato da cogestão e também o tratamento imediato de pacientes com coronaví­rus. O documento será entregue ao governador Eduardo Leite nesta quarta-feira, 10 de março. Assinam o pedido a Associação dos Municí­pios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), Associação dos Municí­pios da Serra (Amserra), da Associação dos Municí­pios dos Campos de Cima da Serra (Amucser) e da Associação dos Municí­pios do Vale do Rio Caí­ (Amvarc).

Segundo Breda, o fechamento total das cidades está sendo definido por técnicos que estão enclausurados no Palácio Piratini e não conhecem a realidade dos municí­pios. O presidente da Amesne revela que os prefeitos não estão sentindo a realização de uma polí­tica pública para combater a Covid-19 por parte do governo do estado. Ele destaca que o aumento no número de leitos, pelo menos na região da Amesne, tem sido feito graças ao esforço dos prefeitos e das entidades empresariais parceiras. "Agora chegou no limite. O governador fechou tudo e o povo que espere pelo pior", revelou Breda.

O presidente da Amesne acredita que não está sendo incentivado o uso do tratamento precoce para as pessoas nos primeiros sintomas da Covid-19. Ele garante que é preciso que os municí­pios incentivem mais o uso dos medicamentos disponíveis no iní­cio da doença, pelo menos até o quinto dia. Breda denunciou que o dinheiro está sendo a prioridade nesta pandemia e que a saúde e o povo estão em terceiro, quarto lugar. "Tem muita gente ganhando dinheiro com essa pandemia e esquecendo da saúde. É preciso um novo rumo na atuação contra a doença. Esse caos não pode continuar. Nãoo podemos esperar pela vacina, precisamos trabalhar com as armas que temos aqui", finalizou o presidente.

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