O mês de março evidencia, através da campanha “Março Azul-marinho”, o debate sobre a prevenção ao câncer colorretal. O câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre os homens e o segundo entre as mulheres. Trata-se do tumor maligno que acomete o intestino grosso (ou cólon) e o reto (final do intestino grosso, porção que termina no ânus).
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, para cada ano - entre 2020 e 2022 -, surjam 20.540 novos casos em homens e 20.470 em mulheres. “É o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres e em homens na região Sudeste, desconsiderando os tumores de pele. O risco é de 19,64 casos novos para cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres”, explica Eric Pereira, gastroenterologista do Hospital Icaraí.
De acordo com o profissional, cerca de 90% dos cânceres do intestino e do reto se originam dos chamados pólipos, que são pequenas lesões benignas que crescem na parede interna do intestino. Segundo ele, esses pólipos benignos, após um período médio de 8 a 10 anos, transformam-se no câncer, e é por isso que a colonoscopia se faz tão importante, pois, além de encontrar os pólipos, permite que os médicos os retirem com acessórios no mesmo momento.
Eric avalia que o risco de desenvolver a doença se acentua à medida que as pessoas envelhecem. Apesar do câncer colorretal ocorrer em qualquer idade, a maior parte das pessoas atingidas, segundo ele, possui entre 50 e 60 anos.
“O risco aumenta com a idade, com doenças intestinais específicas e com história familiar de pólipo ou de câncer de intestino. Noventa por cento dos casos ocorrem após os 50 anos. Por isso, pessoas acima de 45 e 50 anos devem fazer colonoscopia preventiva, mesmo que não apresentem nenhum sintoma. O objetivo é encontrar o estágio precoce do tumor enquanto ainda é um pequeno pólipo benigno”, esclarece.
Eric relata que os pacientes devem ser orientados sobre a prevenção do câncer colorretal, orientados a realizar a colonoscopia: “Recomenda-se, também, atividade física regular, perda de peso, não fumar e ter uma alimentação mais saudável e natural, com pouco consumo de alimentos processados”, afirma.
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