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Amesne apresenta recurso para a bandeira preta na Serra Gaúcha

Contestação se deve ao número de leitos na UTI ser menor do que no mês de dezembro, quando a região ficou em bandeira vermelha.

20/02/2021 às 23h05 Atualizada em 02/03/2021 às 12h40
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Diante da sinalização inédita de bandeira preta para a região, o Modelo de Distanciamento Controlado do Estado, a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), que abrange 36 cidades da Serra, definiu na manhã deste sábado (20) que vai entrar com recurso solicitando a flexibilização para bandeira anterior, neste caso, a vermelha. O recurso foi protocolado ainda neste sábado.

O presidente da entidade e prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, afirmou que a decisão de recorrer foi tomada a partir de conversas ao longo da manhã com representantes dos municípios da região. Ele contesta a classificação, citando o mês de dezembro de 2020, no qual, segundo ele, a região chegou a dispor apenas de 47 leitos, sendo classificada em bandeira vermelha e operando em bandeira laranja dentro do programa de cogestão. "A bandeira preta era esperada em função da alta taxa percentual de queda de leitos disponíveis nas UTIs. Realmente, o número de leitos baixou de 109 para 75, mas já estivemos com menos leitos e isso não foi motivo de bandeira preta", justificou o presidente.

Uma reunião entre o governador do Estado, Eduardo Leite, e entidades representativas dos municípios gaúchos deverá discutir uma possível suspensão da cogestão. A Amesne, no entanto, defende que o programa seja mantido, com suspensão somente em casos mais graves e com maior taxa de ocupação de leitos em UTI. "A região de Novo Hamburgo, por exemplo, está com ocupação que passa dos 100%, enquanto nossa região está com 78,6%. Estamos com uma boa capacidade de enfrentamento à covid-19", aponta Breda.

Em relação à restrição de atividades entre 22h e 5h determinada pelo Governo do Estado a partir deste sábado, Breda comentou que uma avaliação do que funciona deveria ser feita juntamente com a indústria, uma vez que a restrição do trabalho noturno, segundo ele, pode acabar gerando mais concentração de pessoas durante o dia, inclusive na utilização de serviços como transporte público.

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