Natural de Veranópolis, mas morador de Bento Gonçalves por muitos anos, o goleiro Anderson Gavineski, de 26 anos, que iniciou sua trajetória no futebol na escolinha alviazul, está retornando ao município, porém,agora para defender as cores do Esportivo, após 11 anos, como um atleta profissional. O atleta chega à equipe de Luiz Carlos Winck com a responsabilidade de vestir a camisa de número 1, sendo uma das importantes peças do elenco do time bento-gonçalvense.
Anderson atuou pela escolinha do Esportivo em 2010, quando o clube deu por encerrado o trabalho na base. Com isso, o jogador teve que encontrar novos caminhos para percorrer, passando por Garibaldi, SER Caxias, Internacional, Veranópolis, Guarany de Bagé, Avenida, Inter de Lages e Figueirense, onde estava atuando na Série B do Campeonato Brasileiro.
O seu retorno para o Esportivo, segundo Anderson, simboliza a conquista obtida por ele em se tornar um jogador profissional. “Trabalhei por essa conquista. Não é porque vivi na cidade ou por eu ter um pequeno vínculo com o clube que estou aqui. Conquistei esse espaço, busquei, trabalhei, desde lá na base, quando comecei na escolinha com cerca de 10 anos. Quem me acompanhou sabe a minha trajetória, vindo de uma família humilde, simples, mas batalhamos sempre. Muitas vezes pensei em desistir, mas recebi muito incentivo e perseverança dos meus pais. Com o passar do tempo fomos criando casca e hoje estou muito feliz de estar aqui no profissional vestindo a camisa alviazul”, salienta.
Andrson ao lado dos goleiros Igor, Jonathan Walker e Thiago e do preparador de goleiros, Emerson Bohm, com o qual já trabalhou no Veranópolis - Foto: Kévin Sganzerla
Em sua trajetória na escolinha, fazendo parte da categoria 1994, o grupo daquela época se consagrou campeão duas vezes do regional. As conquistas e a união do grupo foram consequências da criação de um vínculo entre atletas e professores que perdura até hoje.
“Comecei com 10 anos, na Montanha Velha. O Acácio era o coordenador, trabalhei muito com o Fabrício, com Fábio Tuchê, com o Alceu, com o Leonardo e o Giovanni, que estavam na base. Esses caras foram os que deram o pontapé inicial. Até hoje a categoria 1994 se reúne para confraternizar, pois de certa forma tivemos uma trajetória legal no clube. Fomos duas vezes campeões do regional aqui e isso marcou o pontapé inicial”, destaca Anderson.
Com 16 anos, o jogador saiu do Esportivo em 2010 - quando a base era treinada pelo ex-atleta alviazul Alceu e, posteriormente, pelo também ex-jogador do clube, Wolnei Caio - devido ao fechamento do departamento de futebol amador do clube. Ainda nas categorias de base, Anderson passou por Garibaldi, SER Caxias e Internacional até se consolidar no futebol profissional.
De volta ao Esportivo, Anderson almeja dar sequência ao crescimento do clube em âmbito estadual e, neste ano de 2021, a nível nacional. "Estou muito feliz. É um ano histórico para o clube. Temos que ser muito gratos e agradecer a todos que fizeram essa reformulação no clube. Foi nos dada essa oportunidade de poder representar o clube não só no Gauchão, como também em competições nacionais. Temos que mostrar a nossa identidade e mostrar o que vamos almejar, o que vamos buscar no clube, do porquê estamos aqui”, pondera o goleiro, que complementa:
"Temos que buscar os objetivos. É um sentimento de todo grupo e particularmente meu, pois quero mostrar que a cidade tem que acolher o clube, que o município tem bons jogadores que saem daqui para o profissional", comenta Anderson.
Há duas semanas treinando junto ao elenco, Anderson já participou logo de cara do jogo-treino diante do Caxias, no qual, em um erro capital do arqueiro alviazul, o time Grená construiu a vitória pelo placar mínimo. Apesar disso, o goleiro afirma que o clube se portou bem dentro de campo e que o grupo está preparado para mais um teste, que ocorre neste sábado (13), às 16h, no Estádio Montanha dos Vinhedos, diante do Ypiranga de Erechim, que joga a Série C do Brasileirão.
“A semana foi muito boa de trabalho. O resultado lá em Caxias não foi como esperávamos, mas o trabalho em si, como o time se portou em campo foi muito interessante. Isso nos dá força para continuar trabalhando. Temos mais um amistoso, estamos nos preparando forte para enfrentar o Ypiranga e pôr em prática tudo que o professor está solicitando”, destaca.
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