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Antes de morrer, paciente pede à família para se despedir de sua cachorrinha

Ato de Lucina Beatriz Tomasini, de 76 anos, emocionou a todos no Hospital Tacchini. Ela recebeu a visita de Nana, sua companheira nos últimos 11 anos.

02/02/2021 às 11h25 Atualizada em 12/02/2021 às 14h54
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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A perda de um familiar é um momento muito triste e que não desejamos a ninguém que aconteça. Porém, dona Lucina Beatriz Tesser Tomasini conseguiu eternizar sua passagem manifestando todo o seu amor pelos animais. Acometida de um câncer e já quase sem forças, ela pediu à família que antes de morrer gostaria de se despedir da sua companheira de vida, sua cachorrinha Nana. 

Desde que foi internada no Hospital Tacchini em função de complicações relacionadas ao tratamento de câncer, no dia 15 de dezembro do ano passado, Lucina Beatriz Tesser Tomasini, recebia a visita de diversos familiares, mas ela sentia falta daquela que foi sua companheira mais próxima durante os últimos 11 anos: a cachorrinha Nana. Depois de mais de um mês separadas, Nana e Lucina tiveram seu último encontro no dia 21 de janeiro, graças ao programa Animal no Hospital, que permite a visita de pets aos pacientes, obedecendo os requisitos das leis municipal e estadual, além das regras do próprio hospital. Pouco mais de 48 horas após o encontro, em 23 de janeiro, Lucina faleceu. “A Nana é como se fosse uma filha dela. Esse encontro significou muito para todos nós”, resumiu Alexandra Berlanda, sobrinha da paciente, que se tornou a nova tutora da cadelinha.

No Hospital Tacchini, todo paciente ou acompanhante que quiser receber a visita de seu pet deve manifestar o desejo junto à equipe assistencial e cumprir todos os pré-requisitos. O pet deve ser de pequeno porte, ter carteira de vacinação atualizada, laudo veterinário constatando sua saúde e comprovante de banho em pet shop nas 24 horas anteriores à data da visita. “Foi um encontro emocionante, de amor e cumplicidade com interação da família. Ao participar de momentos como estes, promovemos a humanização e a empatia que fazem toda a diferença no cuidado e na vida das pessoas”, descreve a enfermeira Adriane Marines dos Santos.

Coordenada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, a ação ocorre a partir de avaliação individual de cada caso. As visitações apenas são liberadas para pacientes que estão no hospital há pelo menos 30 dias, sem previsão de alta ou que estejam em cuidados paliativos. Esta foi a terceira visita de um pet ao seu tutor durante a internação no Hospital Tacchini desde que o programa foi instaurado na instituição, em fevereiro de 2019.

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