As primeiras vacinas contra o coronavírus aplicadas em solo gaúcho serão destinadas a trabalhadores da área da Saúde e para idosos em asilos. A informação foi confirmada pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira, 7 de janeiro. Mais de 970 mil pessoas estão neste grupo de pessoas a serem imunizadas.
Segundo Arita Bergmann, o primeiro grupo definido para a imunização conta com 972 mil pessoas no Rio Grande do Sul. Mas, como a expectativa é de que cheguem menos doses na primeira remessa, aguardada ainda para janeiro, o Estado priorizou áreas consideradas mais críticas. As primeiras doses esperadas integram o lote de 2 milhões de vacinas do laboratório AstraZeneca, que serão importadas da Índia. O montante será dividido entre todos os Estados, de forma proporcional.
Desde o início da pandemia, os asilos – chamados de Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) – registraram 406 surtos de covid-19, mais da metade do total de casos desse tipo no Estado. "Nós vamos preparar a rede para que, simultaneamente, se consiga atingir de forma mais ágil possível as pessoas desse primeiro grupo. Agora, vai depender da quantidade de doses que chegarão. Se nós considerarmos que o país terá 2 milhões de doses, a prioridade número um seriam os trabalhadores que estão na linha de frente do atendimento e as pessoas que estão dentro das instituições (asilos)", relatou a secretária estadual de Saúde.
No total, o Ministério da Saúde estima que o público-alvo da vacina no Rio Grande do Sul, baseado em campanhas de imunização contra outras doenças, é de 4,5 milhões de pessoas. Como são necessárias duas doses, será preciso prever o uso de nove milhões de seringas. Quanto a isso, Arita afirma que o Estado possui os insumos necessários para dar a largada à campanha contra a covid-19. Os estoques gaúchos contam com cerca de 4,2 milhões de seringas com agulhas – o governador Eduardo Leite fala em 4,5 milhões –, além de um processo de compra para mais 10 milhões de seringas com agulhas.
No momento, o Piratini faz levantamento junto a prefeituras para estimar a quantidade desses insumos que cada município possui. A secretária afirma que o planejamento quanto à logística de entrega aos municípios e ao armazenamento está concluído. Ainda há a possibilidade de contar com o apoio de empresas privadas, que se colocaram à disposição.
Em relação ao período entre o recebimento das doses e o início da imunização, Arita Bergmann salientou que não é possível definir quanto tempo será necessário, devido a questões técnicas como controle da quantidade e envio para as regiões. No entanto, mencionou um dia como eventual prazo.
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