O terceiro lote da Coronavac, com 2 milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19, chegou a São Paulo na manhã desta sexta-feira, 18. O Instituto Butantã, que desenvolve o imunizante em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, deve pedir autorização de uso emergencial da Coronavac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 23 de dezembro.
De acordo com o Governo de São Paulo, com a chegada do novo lote, o Butantã já tem 3,12 milhões de doses da Coronavac prontas para uso imediato após aprovação da Anvisa, que estabeleceu dez dias para a avaliação do pedido. Segundo Dimas Covas, diretor do Butantã, 9 milhões de doses da vacina devem estar disponíveis a partir do dia 15 de janeiro, antes da data divulgada anteriormente pelo governo de São Paulo, que previa iniciar a vacinação em 25 de janeiro.
As 3,12 milhões de doses já prontas são suficientes para imunizar o primeiro grupo prioritário definido pelo Estado de São Paulo, formado por profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, num total de 1,5 milhão de pessoas. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A primeira remessa chegou ao Brasil em novembro, com 120 mil doses da vacina. No início deste mês, o Butantã recebeu 600 litros de insumos para fabricação da Coronavac no País. Cerca de 40 milhões de doses devem ser produzidas pelo instituto até o fim de janeiro.
Os resultados da fase 3 de estudos clínicos da Coronavac, que determinam a eficácia do imunizante, ainda não foram divulgados. As etapas anteriores mostraram que a vacina é segura e capaz de produzir respostas imunes. Em audiência no Senado nesta quinta-feira, 17, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o governo federal está “partindo para um contrato” com a Sinovac e o Butantã para garantir 9 milhões de doses da vacina em janeiro. A estimativa é de que a vacinação deve começar em “meados” de fevereiro.