Os números da Serra Gaúcha nunca estiveram tão próximos da bandeira preta. Os dados do governo do estado apontam que a região tingiu média de 2,49, quando 2,50 é o índice-base para enquadramento na situação mais grave no modelo de controle do coronavírus nas regiões gaúchas. Ao mesmo tempo que o perigo de restrições maiores aumenta, a prefeitura de Bento Gonçalves anunciou que irá aumentar o rigor da fiscalização nas ruas, praças e estabelecimentos da cidade.
A decisão em ter mais rigor nas fiscalizações foi definido em uma reunião nesta quarta-feira, 16, no Gabinete do Prefeito Guilherme Pasin. Representantes dos órgãos de segurança estiveram no encontro que definiu, entre outras coisas, quem será o alvo das ações de combate à disseminação do coronavírus na Capital do Vinho. "Nosso objetivo é unir forças contra a disseminação do coronavírus, e hoje essa disseminação é feita nas aglomerações clandestinas, estabelecimentos que não cumprem as regras de distanciamento, jovens que se reúnem para beber nas praças ou loteamentos. A maioria da população está cumprindo e se protegendo, mas precisamos agir nestes focos", destaca o secretário interino de Segurança Pública de Bento Gonçalves, Evandro José Flores.
Ficou definido que serão realizadas operações na cidade com blitze em diversos pontos da cidade a partir das 23h, nas quintas, sextas e sábados, além de fiscalizações nos locais públicos como parques e praças, loteamentos, restaurantes, bares, e festas clandestinas. Os estabelecimentos que não cumprirem as regras em vigor da bandeira vermelha do modelo de distanciamento, serão notificados, multados ou até ter seu alvará cassado.
O comandante do 3º BPAT, tenente-coronel Carvalho, reforçou a importância da população denunciar os descumprimentos. "Precisamos do auxílio da população para que denuncie as festas clandestinas, os estabelecimentos que não estão cumprindo o decreto. Muitas vezes não somos comunicados e as denúncias ficam somente nas redes sociais e grupos de Whatsapp. É questão de saúde pública", resumiu o comandante. Denúncias devem ser realizadas nos números 190, 153 ou no 150 do Estado.
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