O crescimento nominal de faturamento de 4,1%, o que representou R$ 6,4 bilhões em comparação ao mesmo período do ano passado, demonstra que a indústria moveleira segue o processo de retomada, iniciada nos últimos meses.
O resultado também impactou positivamente na geração de empregos, conforme dados do Novo Caged, no mês de outubro. No Rio Grande do Sul, a variação é de 3,3% em relação ao início do ano e o fechamento do mês aponta 34.823 postos de trabalho na indústria gaúcha, resultado que também supera a média da indústria de transformação no Estado, que ficou praticamente estagnada em 0,15%.
Para o economista da Movergs, Eduardo Santarossa, o setor já retornou aos níveis de produção e empregos pré-pandemia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o volume de vendas de móveis é o segmento que mais cresceu no varejo brasileiro por dois meses consecutivos (agosto e setembro) nas comparações com os mesmos meses do ano passado. A variação acumulada no ano já tem alta de 8,8% quando comparada ao período de janeiro a setembro do ano passado. “No entanto, a produção ainda não conseguiu acompanhar o forte aumento de vendas. Há um descompasso entre oferta e demanda, o que freia uma recuperação mais consolidada. A pandemia causou alta nos custos e empurrou todos os estoques para baixo. Hoje o setor está sofrendo com a falta de insumos de produção e grande aumento nos seus preços em decorrência desse cenário, em especial os painéis de madeira, principal matéria-prima para a indústria de móveis”, revela.
Exportações janeiro a novembro
Embora as exportações ainda não tenham recuperado as perdas ocorridas, especialmente no segundo trimestre, de janeiro a novembro a saída de produtos demonstra avanços. Os embarques dos últimos meses já atingem os níveis pré-pandemia. “O cenário ainda é de incertezas e muita volatilidade, mas boas notícias no mercado internacional vindas especialmente da retomada econômica, aumento da demanda por móveis e a possibilidade de vacinação no primeiro semestre do próximo ano devem seguir sustentando o crescimento nos próximos meses”, aponta Santarossa.
No Rio Grande do Sul, as exportações no período foram de US$ 156,28 milhões, queda de 14,1%, e na análise dos principais mercados do RS, apesar da queda generalizada no ano, observa-se crescimento das exportações em alguns destinos como Uruguai, Peru, Porto Rico, Países Baixos (Holanda) e Emirados Árabes Unidos. Já nas exportações de móveis do Brasil, os destaques ficam por conta dos Estados Unidos, Chile, Países Baixos (Holanda), Porto Rico e Alemanha.
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