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Serra Gaúcha está a 3 leitos de UTI para entrar em bandeira preta

Presidente José Carlos Breda alerta para a possibilidade de região passar o Natal e o Ano Novo no índice de alto risco de infecção. Não haverá recurso nesta semana.

12/12/2020 às 19h53 Atualizada em 20/12/2020 às 11h43
Por: Marcelo Dargelio Fonte: NB Notícias
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Divulgação
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Após a divulgação do mapa preliminar do distanciamento controlado, que mais uma vez colocou a Serra em bandeira vermelha, a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) optou por não entrar com recurso para reverter a decisão. É a primeira vez que a entidade deixar de contestar o resultado. O motivo é o agravamento da pandemia, que por pouco não deixou a região em bandeira preta, como Bagé e Pelotas.

No mapa divulgado nesta sexta-feira, 11, a Serra atingiu pontuação 2,49 no modelo de distanciamento. Se fosse 2,5, a região estaria classificada no nível mais alto de restrição. A situação obrigou a Amesne a mudar a postura diante do modelo de distanciamento. Agora, em vez de tentar reverter a bandeira vermelha, o foco é evitar o chamado "risco altíssimo". E o presidente da entidade e prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, faz um alerta: "A população não está entendendo a seriedade do problema que estamos enfrentando. Se todos continuarmos não dando bola para as regras de distanciamento, corremos o risco de ter que fechar tudo. Mais 3 leitos de UTI ocupados e vamos para bandeira preta", destaca Breda.

As festas de fim de ano em bandeira laranja não são totalmente descartadas por Breda, mas para se alcançar esse patamar, na avaliação dele, é fundamental que os municípios intensifiquem a divulgação dos cuidados. Além disso, é preciso monitorar as pessoas que testaram positivo, orientar que infectados busquem atendimento aos primeiros sintomas e preparar o sistema de saúde. 

Apesar de reconhecer o agravamento da pandemia, o presidente da Amesne também questiona a base de dados utilizada pelo governo do Estado para a definição das bandeiras. Segundo ele, há informações atrasadas, que não condizem com a realidade do momento. Por conta disso, Breda defende que a forma de decidir o nível de risco das regiões seja revista, já que cada vez mais dados se perdem no caminho.

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