Muitos casais sonham com filhos. Alguns enfrentam dificuldades para transformar este sonho em realidade e buscam tratamento para os problemas na fertilidade.
Homens passam pelo espermograma e mulheres fazem a ultrassonografia transvaginal e outros exames de imagem voltados para a região pélvica para verificar a saúde do útero, dos ovários e das tubas uterinas. A partir do diagnóstico de fertilidade reduzida ou infertilidade, começam os tratamentos com a orientação de um especialista.
A questão da infertilidade deve, no entanto, abranger questões transversais. A abordagem precisa passar pela implantação de hábitos de vida saudáveis. Cuidar do peso, da alimentação, diminuir o contato com substâncias tóxicas, deixar de lado o tabagismo, o sedentarismo e o consumo de álcool devem ser parte de um projeto que envolva o casal, para ajudar a conseguir a tão sonhada gestação.
Exercícios físicos
A prática regular de atividades físicas ajuda a melhorar o organismo em vários aspectos. É necessário procurar um clínico geral, passar por um check-up que mostre a condição do corpo e aponte as melhores opções para a pessoa.
Caminhadas, corrida, natação, exercícios aeróbicos ou academia são importantes para começar a melhorar o estilo de vida, além de prevenir doenças e aliviar o estresse.
Peso adequado
Baixo peso ou obesidade podem contribuir para aumento da infertilidade ou problemas durante a gestação. Faz parte do processo procurar um nutricionista e adotar medidas de educação alimentar para alcançar o peso adequado à estrutura corporal.
No caso da obesidade, estudos registraram que, após a redução do peso da forma adequada, há redução nos níveis de insulina e de hormônios masculinos, além da melhora dos nutrientes que colaboram para a função reprodutiva.
A mudança afeta homens e mulheres, inclusive o ganho de peso de forma saudável influencia na melhor frequência ovulatória e na qualidade do sêmen. Portanto, a dieta alimentar adequada é importante para o casal, não só para um deles.
Dieta adequada
A dieta deve levar em consideração a necessidade de cada indivíduo. A partir de exames e do levantamento da ingestão calórica total, o especialista em nutrição vai elaborar as orientações para elevar no organismo o que é fundamental para aumentar as chances de fertilidade. Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), vitaminas do complexo B e nutrientes antioxidantes têm funções nesses casos.
As principais orientações vêm da chamada “dieta mediterrânea”, muito comum em países europeus. Entre as dicas estão o aumento do consumo de alimentos frescos para quatro porções diárias. Vale priorizar legumes e verduras orgânicos, grãos integrais, massas frescas e caseiras, saladas frescas, frutas, oleaginosas, sementes e azeitonas. Combinados e ingeridos de forma regular e adequada, fornecem vitaminas, minerais, fibras e compostos que ajudam na regulação das funções reprodutivas.
Pelo menos três porções de frutas frescas podem diminuir problemas de metabolismo e as doenças cardiovasculares. Orienta-se preferir arroz, massas, cereais e pães à base de farinhas e grãos integrais. Eles geram menor pico de insulina e dão sensação de saciedade.
Óleos devem ser substituídos por azeite de oliva no preparo de pratos. O azeite é antioxidante e ajuda a elevar o colesterol “bom” (HDL) e diminuir os níveis do colesterol “ruim” (LDL). O consumo de leite pode ser reduzido para duas ou três porções diárias, optando por produtos frescos e semidesnatados, que possuem baixo teor de gordura.
O consumo de proteínas animais também tende a passar por mudanças. O ideal é não ultrapassar quatro porções ao longo da semana, incluindo almoço e jantar. Deve-se preferir os cortes magros e com pouco uso de gordura. Em compensação, sinal verde para os pescados, que ajudam a melhorar o HDL e também influenciam na fertilidade.
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