O município de Garibaldi traz um alerta perigoso sobre as infecções ligadas à Covid-19. A cidade registrou o primeiro caso de reinfecção por coronavírus desde o início da pandemia. O anúncio foi feito na manhã deste domingo, 6 de dezembro, em reunião do Comitê Municipal de Combate ao novo Coronavírus.
De acordo com o comitê, o caso envolve uma paciente com 43 anos de idade. Ela testou positivo para Covid-19 pela primeira vez através do exame PCR em agosto. A mulher voltou a ter sintomas no início deste mês e, após realizar o teste novamente, voltou a dar positivo. Apesar do resultado, a paciente passa bem e tem sintomas leves da doença.
A preocupação da prefeitura é com o aumento no número de casos no município. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Diane Pasqualetto, que desde o início da pandemia não houve em nenhum momento tantos casos e atendimentos como agora. Juntamente com os atendimentos realizados pelo hospital estão sendo realizados até o momento cerca de 55 testes diários. Há ainda o alerta em relação à contaminação dos profissionais de saúde. Segundo o comitê, são vários os casos positivos entre profissionais que estavam atuando no atendimento. “Estamos começando a ter dificuldades para substituir os profissionais que trabalham na linha de frente”, enfatizou a secretária.
A medica epidemiologista, Natália Rodighero Leal, disse que a situação no hospital também está delicada. “Estamos no pior momento da pandemia. Nos últimos 20 dias está um caos. Não vivemos isso nem em agosto quando parecia ser o pior momento”, destacou a profissional.
Na manhã deste domingo, 6, 100% dos leitos da UTI estavam ocupados. O prefeito, Antonio Cettolin, disse que a situação é preocupante. Para ele, é preciso evitar aglomerações, principalmente neste período que é forte para o comércio, devido ao Natal. Para o vice-presidente Geral da CIC, Rogério Bortolini, único representante de entidades empresariais presente à reunião, as empresas não podem pagar novamente por meia dúzia que não cumprem os pedidos para evitar aglomerações.
Maior número de infectados têm entre 20 e 49 anos
Conforme dados divulgados no encontro, a faixa etária com maior número de infectados é a que está entre 20 a 49 anos de idade, que acabam transmitindo para familiares. Nesta faixa etária também está sendo registrado um agravamento no estado de saúde e complicações no avanço da doença.
A secretária de Saúde também afirmou que a equipe de linha de frente está muito desmotivada, principalmente porque estão se desdobrando para atender a todos que precisam, mas vêm sofrendo ataques de várias áreas que não conhecem a realidade da pandemia. “Houve um caso na sexta-feira de tentativa de agressão às atendentes por um homem, que precisou da intervenção da segurança do PAM”, denunciou a secretária.
Ela também disse que está preocupada com pacientes que recebem exame positivo e não estão cumprindo o isolamento obrigatório. Segundo ela, desde o momento que é realizado o exame é obrigação do paciente ficar isolado até que saia o resultado e, em caso de positivo, até o final da quarentena exigida. Os testes são feitos 72 horas após o início dos sintomas e o isolamento indicado, pelo Ministério da Saúde, é de 10 dias.
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